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Cresce a violência familiar no RS: a casa que deveria proteger se torna palco de tragédias.

   Theo, de 5 anos, foi jogado de uma ponta pelo pai no RS.  —  Foto: Reprodução/YouTube/Brasil Urgente.

Cresce a violência familiar no RS: a casa que deveria proteger se torna palco de tragédias.
Publicado no Conexão Notícia  em 09.abril.2025.

Grupo no WhatsApp Na última década, a maior parte das vítimas de infanticídio foi morta na própria casa, em contexto de violência familiar, segundo uma análise do jornal Zero Hora. 
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O Rio Grande do Sul vive uma realidade alarmante quando se trata da violência contra crianças. Um estudo recente do jornal Zero Hora revelou que, nos últimos dez anos, a maioria das crianças assassinadas no estado foram mortas dentro de casa, muitas vezes pelos próprios pais. 

O caso do menino Théo, de apenas 5 anos, jogado de uma ponte pelo pai em São Gabriel como forma de vingança contra a ex-esposa, chocou o país e escancarou uma triste e recorrente situação: o lar, que deveria ser um lugar de proteção, tem se tornado cenário de dor e tragédia.

Dados que causam indignação

Segundo o levantamento, entre 2014 e 2024, 153 crianças de até 12 anos foram assassinadas no RS. Destas, pelo menos 70 mortes ocorreram pelas mãos dos próprios pais. 

As mães foram as principais autoras, com 41 casos, seguidas pelos pais, com 18. Em 11 ocorrências, tanto o pai quanto a mãe participaram do crime. 
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Também foram registrados 19 casos em que madrastas e padrastos mataram enteados, e outros nove crimes foram cometidos por familiares próximos. A maior parte dessas mortes aconteceu dentro de casa, evidenciando a gravidade da violência intrafamiliar.

Crianças cada vez mais vulneráveis

A análise ainda mostrou que a violência urbana, como mortes por balas perdidas, diminuiu, enquanto os crimes dentro das famílias aumentaram drasticamente. Em 2015, cerca de 40% dos assassinatos de crianças eram cometidos por parentes. 

Em 2024, esse número chegou a 70%. Esses dados indicam um crescimento preocupante da violência silenciosa que acontece longe dos olhos da sociedade e, muitas vezes, sem a devida intervenção das autoridades.

As vítimas mais afetadas

A maioria das crianças assassinadas tinha até cinco anos de idade. Do total de 153 vítimas, 92 estavam nessa faixa etária, sendo que 50 delas eram bebês com menos de dois anos. 

Os métodos mais comuns utilizados nos crimes foram armas de fogo, seguidos por agressões físicas, asfixia e facadas. Os dados reforçam o quão vulneráveis são essas crianças e a urgência de políticas públicas que assegurem sua proteção dentro dos lares.
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O silêncio que protege os agressores

Para o juiz Fabio Vieira Heerdt, do 2º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, a violência familiar contra crianças é um fenômeno complexo e silencioso. 

Muitas vezes, as crianças nem compreendem que são vítimas, e o sofrimento psíquico gerado por essa realidade pode acompanhá-las por toda a vida. 

O juiz defende o investimento na melhoria dos sistemas de informação, a ampliação da notificação de casos e o envolvimento das escolas e instituições públicas como pontos de alerta para prevenir tragédias.

Um sinal dos tempos difíceis

O pastor Edmilson Ferreira Mendes refletiu sobre o aumento da violência como um sinal do tempo profetizado na Bíblia. Ele lembrou que Jesus alertou sobre o esfriamento do amor nos últimos dias, consequência do avanço do pecado na humanidade. 

Para ele, os acontecimentos atuais, como esses crimes contra crianças, evidenciam essa triste realidade. “O amor está se perdendo, e vivemos um tempo assustador, em que a maldade parece crescer sem controle”, afirmou em artigo no portal Guiame. 

A mensagem é um chamado à reflexão sobre a necessidade de resgatar os valores humanos e espirituais diante de tanto sofrimento.
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Conexão Notícia com informações do Guiame.
Edição Geral: CN.

Divulgação do CN - Conexão Notícia.
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