Homem copiava Lição da Escola Bíblica à mão para ensinar comunidade da selva peruana
Homem copiava Lição da Escola Bíblica à mão para ensinar comunidade da selva peruana.
Grupo no WhatsApp | O líder da congregação viajava semanalmente para outra comunidade para copiar temas da Lição da Escola Bíblica.
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Na selva peruana existem muitas comunidades indígenas que vivem em áreas remotas e que têm a agricultura, a caça e a pesca como principais atividades econômicas. Na maioria das vezes, o acesso a esses locais não é fácil. Por isso, também não é fácil que serviços e outros recursos cheguem a eles.
Mas com a ajuda de missionários e voluntários do projeto Peru Projects, os habitantes da área, inspirados pelo Espírito Santo, estão levando o evangelho de Cristo a essas comunidades.
É o caso de Elias Saboya, um senhor de 65 anos que viajava semanalmente para outra comunidade a fim de pegar emprestado um exemplar da Lição da Escola Bíblica (um guia para facilitar o estudo da Bíblia, que é desenvolvido trimestralmente) para copiar seu conteúdo à mão e depois voltar para sua comunidade para ensinar outras pessoas sobre a Palavra de Deus.
Elias Saboya é o líder da congregação Adventista “La Selva”, localizada na comunidade Ashaninka, no distrito de Iparía, na região de Ucayali, no centro oriental do Peru. “Toda semana eu ia para Amaquiría, uma comunidade próxima, e procurava algum adventista que me emprestasse a Lição para que eu pudesse copiar os temas de cada dia.
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Não podemos ficar sem estudar a Lição. Pelo menos aos sábados, nos reunimos e repassamos tudo. Faço resumos para explicar aos irmãos”, Elias contou aos voluntários do Peru Projects.
Atualmente, graças a uma doação feita pela Asociación Casa Editora Sudamericana (ACES Peru), essa comunidade recebe materiais de estudo (Lição da Escola Bíblica) para as diferentes faixas etárias. Além disso, graças a uma generosa doação de Bíblias, eles também têm a Palavra de Deus em seus lares.
Projeto aéreo de evangelismo permanente
Ao conversar com o pastor e piloto Eben Espinoza, diretor do projeto Peru Projects, sobre os desafios deste vasto território, ele afirmou: “Graças a Deus, entre conhecer entidades e pessoas, surgem oportunidades para ajudar este ministério.
No entanto, queremos continuar apoiando mais pessoas, e a maneira de realizar essa obra é por meio de aviões e voluntários. Sim, precisamos de mais ajuda”, contou. Por isso, com gratidão pelo que foi doado, ele convida todos a participarem e continuarem expandindo a pregação do evangelho.
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Equipe e voluntários do Peru Projects com livros que são distribuídos na selva. — Foto/Reprodução/Peru Projects.
Nas profundezas da selva há histórias de fé, como esta, que motivam a Igreja Adventista do Sétimo Dia a não descansar em seus esforços de levar o evangelho a mais pessoas por meio do projeto aéreo Peru Projects. Graças à contribuição voluntária e por meio dos dízimos e ofertas, a obra continua avançando.
As informações são do Portal Aidivieinitiiisitia.
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Cristãos afegãos encontram propósito enquanto refugiados.
Abdulla e a esposa servem outros cristãos afegãos na Ásia Central. — Foto/Reprodução/Portas Abertas.
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Desde a tomada do Afeganistão em agosto de 2021, os cristãos afegãos precisaram escolher entre ficar no país e serem caçados pelo Talibã ou fugir para o um local desconhecido. Cerca de três milhões de pessoas conseguiram se refugiar em países da Ásia Central, entre eles estavam Abdulla*, sua esposa Fátima* e os três filhos.
O cristão conseguiu obter a cidadania do país onde vive, mas ainda luta para receber a cidadania de Fátima. Ele acredita que o Senhor o chamou para morar nesse território.
“Quando fugi do meu país e vim para a Ásia Central com a minha família, o meu plano inicial era ir para um dos países europeus para ter uma vida melhor, mas ainda estou aqui na Ásia Central. Eu orei e agora tenho certeza de que Deus nos chamou para servir aqui.”
Chamados para servir
Abdulla é líder de um grupo doméstico da igreja local e evangeliza outros refugiados afegãos, enquanto Fátima é cabeleireira e ensina na Escola Bíblica Dominical. Os filhos também são ativos na obra de Deus, o mais velho, de 12 anos, compartilha sobre Jesus na escola e lidera duas das reuniões noturnas de oração que fazem durante a semana.
Além disso, o cristão começou um ministério de evangelização em que organiza conteúdo cristão em sua língua e publica em uma plataforma online. “Recebemos telefonemas com muita frequência.
Há um mês, um homem nos ligou e fez muitas perguntas sobre Jesus. Acontece que ele pertencia a uma comunidade muçulmana radical, mas estava muito interessado em aprender sobre Jesus. É muito encorajador podermos servir essas pessoas por meio do nosso conteúdo na internet”, testemunha Abdulla.
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O seguidor de Jesus e sua família correm riscos por falar de Jesus para outros muçulmanos em um país de maioria islâmica, no entanto, não desistem de cumprir a missão que foi confiada por Deus. Abdulla agradece o apoio dos parceiros da Portas Abertas e pede que intercedam por sua família.
Sabia que a perseguição extrema não impediu que o Senhor trabalhasse dentro e fora do Afeganistão? Baixe o e-book Afeganistão Ilustrado e conheça outros testemunhos de irmãos na fé que ainda permanecem no país.
Pedidos de oração
• Interceda por segurança e proteção da família de Abdulla no país da Ásia Central. Peça que o Senhor conceda a cidadania à Fátima.
• Ore para que o cristão tenha oportunidade de visitar e compartilhar o evangelho com os sogros, que são muçulmanos.
• Clame pelo crescimento espiritual e ministerial da família entre os refugiados afegãos.
*Nomes alterados por segurança.
As informações são do Site Pioiritiais Aibieiritiais .
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“Trinta afegãos foram batizados em apenas um mês”.
Refugiados afegãos são socorridos em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. — Foto/Reprodução/Portas Abertas.
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Hoje faz três anos que o grupo extremista Talibã tomou o poder no Afeganistão. Cerca de três milhões de afegãos estão refugiados em países vizinhos e lutam para sobreviver diariamente. Eles vivem isolados nas montanhas arenosas, moram em pequenas casas de barro, seus filhos não podem ir à escola e são explorados no trabalho.
Em contrapartida, o governo talibã nega o grande número de refugiados e os governantes dos países vizinhos não apoiam os afegãos, pois temem represália do grupo radical islâmico. Até mesmo o acesso à água é negado às pessoas que ousaram fugir do Afeganistão.
No entanto, há cristãos como Ahmad* que cava poços de 240 metros de profundidade para oferecer água a quem precisa e aproveita a oportunidade para falar sobre Jesus, a fonte de água viva.
Tudo por Jesus
Ahmad é comparado ao apóstolo Paulo da região porque tem como objetivo de vida apresentar a Cristo para refugiados afegãos, que são de maioria muçulmana. “Ajudamos as pessoas com roupas, casacos de inverno, sapatos, fraldas, assistência médica e outras questões práticas.
Só o fato de cuidarmos delas as deixa curiosas. Por meio do projeto com o poço, cerca de 300 famílias já ouviram falar de Jesus. Elas se reúnem em grupos domésticos. Trinta afegãos foram batizados em apenas um mês”, explica o seguidor de Jesus.
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Obedecer a Deus custa caro para Ahmad, que já foi preso cinco vezes e teve a irmã agredida por policiais para renunciar à fé. Mesmo no funeral de seu pai, o cristão foi proibido de comparecer por uma multidão de 500 muçulmanos. Porém, ele se mantém firme em cumprir seu chamado de ser e fazer discípulos de Jesus.
Esperança ao invés de medo
Enquanto as famílias afegãs são socorridas, Ishmaël* ensina futebol para adolescentes. Muitos deles vivem oprimidos por medo e desespero e pensam em tirar a própria vida. “Desde o início do projeto de futebol, cerca de quarenta meninas e cem meninos se reúnem todos os dias.
O exercício lhes dá esperança e prazer, e isso nos dá contato com seus pais. Alguns nunca ouviram o evangelho”, testemunha o cristão. Muitos desses jovens participam de uma igreja doméstica.
O ministério com refugiados afegãos está dando muitos frutos e seus líderes pedem a intercessão de toda a família da fé: “Precisamos de sabedoria. Às vezes, não sabemos qual é a melhor maneira de ajudar os refugiados. Portanto, por favor, orem por nós, porque sem a ajuda de Deus, não chegaremos a lugar nenhum”.
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Baixe o e-book Afeganistão Ilustrado
Quer conhecer os testemunhos de cristãos afegãos secretos que se mantiveram no país após a tomada de poder do Talibã? Baixe o e-book Afeganistão Ilustrado e seja edificado com a obra de Deus no país.
Pedidos de oração
Ore para que os parceiros da Portas Abertas tenham sabedoria para ajudar os refugiados afegãos da melhor maneira.
Interceda para que novos projetos ajudem a espalhar o evangelho.
Clame por proteção, cura e provisão de Deus para Ahmad e sua família.
Peça por fortalecimento e encorajamento dos cristãos recém-convertidos apesar da perseguição que possam enfrentar.
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Encontrando consolo em Cristo no Afeganistão.
No Afeganistão, onde Hila vive, uma menina ir à escola não é um fato, pois a educação de meninas não é vista como prioridade. — Foto/Reprodução/foto representativa.
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Enquanto Hila* crescia, a família apoiou sua educação e permitiu que frequentasse a escola. Isso pode parecer óbvio, afinal, a maioria dos pais querem que os filhos aprendam. Mas, no Afeganistão, onde Hila vive, uma menina ir à escola não é um fato, pois a educação de meninas não é vista como prioridade.
Ela era inteligente, se destacava academicamente e se lembra de ajudar colegas de classe com sua lição. Como muitas jovens no país, a oportunidade de Hila continuar sua educação não estava garantida. Na 11ª série, ela já estava noiva e se casou aos 18 anos. A família do marido não apoiou seus estudos como seus pais.
“Foi um período desafiador quando a família do meu marido se opôs à minha educação. Discussões tribais me permitiram continuar com condições específicas. A vida na casa da família do meu marido era difícil, mas, em meu segundo ano de universidade, uma mudança significativa aconteceu”, explica.
Seu marido teve acesso à Bíblia e ela viu como essa mensagem o mudou de maneira positiva. “O comportamento distante dele mudou e ele começou a compartilhar as histórias dos profetas, me apresentando a Bíblia. Nós a estudamos e encontramos orientação e inspiração nela”, disse.
Enquanto buscava e questionava, Hila decidiu seguir a Jesus. Juntos, ela e o marido cresceram em fé e começaram a ajudar outros por meio do discipulado. Mas, no Afeganistão, esse tipo de fé é profundamente arriscada.
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Se você é descoberto como cristão, o perigo é real. Ela descobriu isso quando o marido viajou para uma vila para conseguir materiais de estudo. Ele nunca mais voltou. Apesar das dificuldades, Hila recebeu ajuda dos outros cristãos em sua comunidade, pela qual é muito grata.
Afeganistão
O Afeganistão ocupa o 10º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, uma classificação anual dos 50 países onde é mais difícil ser cristão. As altas posições que a nação ocupou no ranking na última década refletem a falta de liberdade para os cidadãos praticarem abertamente qualquer religião além do islamismo.
Sua doação garante Bíblias para cristãos afegãos, para que conheçam mais a Deus e tenham a fé fortalecida por meio das Escrituras.
*Nome alterado por segurança.
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Vivendo a fé em segredo.
Guadalupe e Leticia são cristãos indígenas que vivem em Chiapas, um dos estados com as taxas mais altas de perseguição no México. — Foto/Reprodução/Portas abertas.
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Sempre cuidadosos. Sempre silenciosos. Sempre invisíveis. É assim que Guadalupe Perez e sua esposa, Leticia Sanchez, dois cristãos indígenas do Sul do México, vivem a fé diariamente. O casal vive em um dos 124 municípios de Chiapas que, de acordo com a Portas Abertas, é um dos estados com as taxas mais altas de perseguição contra cristãos indígenas no México.
Na comunidade, onde vivem quase 29 mil habitantes, a maioria vive da plantação de milho e feijão e não há outra religião além do catolicismo. Entretanto, as práticas religiosas das comunidades indígenas mexicanas são muito diferentes das comunidades europeias, sendo uma mistura de crenças católicas e mesoamericanas, no qual o dogma é completamente separado dos ensinamentos bíblicos.
“Aqui, entre os costumes católicos estão festas em que se toma bebidas alcoólicas para adorar a Deus e quem não fizer isso não respeita as tradições”, explica Guadalupe.
Entretanto, essa não é a única tradição local. A veneração a santos, a adoração de imagens e até a contribuição econômica para as festividades são protegidas por líderes comunitários. Os que não as praticam enfrentam consequências como restrições financeiras e comerciais, prisão ou mesmo expulsão. “Eles nos perseguem e punem porque não querem que abandonemos as tradições. Se abandonarmos as tradições praticadas por nossos pais, corremos o risco de ser expulsos da comunidade. É preciso estar consciente de que talvez seja preciso deixar casa, terra e posses para seguir a Cristo”, Guadalupe acrescenta.
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Cristãos secretos
Benito e a esposa foram os primeiros convertidos à fé evangélica em sua comunidade e viveram a fé em segredo por 14 anos. — Foto/Reprodução/Portas abertas.
Para Benito Ton, cunhado de Guadalupe, a perseguição existe para evitar o crescimento da fé cristã na comunidade. “Somos considerados uma ameaça porque se nos multiplicarmos acabaremos com os costumes e as tradições locais”, explica.
Ele e a esposa foram os primeiros evangélicos em sua comunidade e viveram a fé em segredo por 14 anos, sempre com medo de serem descobertos. “Eu decidi ser um cristão secreto porque aqui a verdadeira religião é o catolicismo, então tivemos medo de sermos assediados ou expulsos”, compartilha.
O casal conheceu a fé evangélica ao ir em segredo até a cidade mais próxima. “Se descobrissem, teríamos problemas, por isso continuei participando de todos os eventos tradicionais na comunidade. Foi um tempo difícil, mas sabia que se visse alguém necessitado, pregaria e oraria por ele”, acrescenta.
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Em 2002, Leticia, a esposa de Guadalupe, ficou gravemente doente. Ela e o marido consultaram todos os médicos disponíveis, mas não havia um diagnóstico ou tratamento preciso. Na época, eles não eram cristãos e viviam de acordo com as tradições ensinadas por sua família. “Foi um período escuro. Eu estava tão desesperada que quase vendi minha casa e terra para buscar ajuda, mas graças a Deus, não fiz isso”, disse Guadalupe.
Em meados de 2023, Leticia pediu ao marido que ligasse para a família porque achou que morreria. A irmã dela, esposa de Benito, os convidou para ir a sua casa em uma comunidade a meia hora de distância. Quando chegaram, a irmã de Leticia contou sobre como Deus a curou.
O pastor deles também foi convidado e compartilhou o evangelho. “Ele disse: ‘Se você aceitar a Jesus será curada’. Então pensei que já havia sofrido demais e não tinha nada a perder, por isso aceitei. Eu disse: ‘Sim, aceito me entregar ao Senhor’, e desde então fui curada”, testemunha Leticia.
Ajuda legal para cristãos indígenas
Ao abandonarem a religião tradicional de seus ancestrais, cristãos indígenas no México precisam de amparo legal para responder à perseguição de autoridades locais e líderes comunitários. Com uma doação, você permite que sejam preparados para se defender legalmente em casos de perseguição em comunidades indígenas.
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Fé oculta à plena vista.
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Khada* nasceu em uma família profundamente religiosa no Afeganistão. Ao crescer, estava consciente da pressão para ser vista como parte de uma boa família muçulmana, o que significava uma vida centrada na mesquita da comunidade. Seu avô era um homem que respeitava o líder religioso islâmico local e queria que sua família fosse considerada piedosa.
Todos os dias, fazia os filhos chegarem antes de qualquer um nas orações da manhã. Essa participação na mesquita foi notada. A mãe de Khada, temendo o sogro, orava em casa.
A família era respeitada por sua religiosidade e era tida com alta estima por outros motivos, pois o pai dela tinha um cargo oficial que dava a ele uma posição respeitada na comunidade. Ao ficar um pouco mais velha, como outras jovens no Afeganistão, ficou noiva. A família arranjou para ela se casar com um primo, o que acabou se tornando uma união feliz.
Khada deixou a casa de sua família e se mudou para a da família do seu marido, uma prática comum no Afeganistão. “Nossa relação era muito boa. Todos na família do meu marido me amavam, principalmente ele.” Ela trabalhava em um escritório e a personalidade dela a tornou popular com os colegas, desenvolvendo uma amizade próxima principalmente com sua chefe.
“Nos tornamos amigas e tínhamos liberdade uma com a outra, compartilhando histórias das nossas vidas”, disse. Conforme a amizade se aprofundava, a confiança crescia, o que levou sua chefe a correr um grande risco que mudaria a vida de Khada. “Certo dia, ela me deu um livro sem me falar nada. Era uma Bíblia”, relembra.
Khada colocou a Bíblia na bolsa e a levou para casa para mostrar ao marido. Ambos tinham estudado o Alcorão e estavam curiosos sobre o que a Bíblia dizia. Durante seis meses, leram o Antigo e o Novo Testamento juntos e ficaram maravilhados com o que descobriram. “Quando comecei a ler o livro com meu marido, muitas perguntas vieram à nossa mente. Nós as solucionamos juntos. Ele me amava muito, então me disse: ‘Independentemente do caminho que tomar, sou seu companheiro e seguirei você’”, disse Khada.
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Compartilhando a fé
Durante seis meses, Khada e o marido leram juntos o Antigo e o Novo Testamentos e ficaram maravilhados com o que descobriram. — Foto/Reprodução/foto representativa.
Após muita leitura e conversa, eles decidiram entregar a vida para Jesus e foram batizados, momento em que Khada recebeu cura física e espiritual: “A partir daquele dia, a dor de cabeça que tinha desapareceu e eu estou completamente bem agora”. A jornada de fé do casal começou a gerar frutos. Seguir a Jesus os encheu de tal alegria que queriam falar aos outros sobre o novo relacionamento com Deus.
O irmão de Khada foi o primeiro para quem ela falou de Jesus. “Ele estava ansioso por estar desempregado. Eu lhe dei a tarefa de aprender histórias do Antigo Testamento e ele acreditou. Depois compartilhei histórias com minha família e todos se tornaram cristãos. Meu marido compartilhou histórias com sua irmã e ela também se tornou cristã. Assim, continuamos espalhando nossa fé”, contou.
As coisas pareciam estar bem e, apesar dos riscos naturais de seguir a Jesus no Afeganistão, a vida de Khada era em sua maioria feliz. Mas, uma noite, tudo mudou. “Meu marido desapareceu após visitar um grupo de estudos. Quando o telefone dele não tocava, primeiro pensei que estivesse fora de área, por isso o telefone não funcionava. Também liguei para algumas pessoas da família e não havia notícias dele. Fiquei com medo e tive todo tipo de pensamento”, relembra.
Conforme a noite chegou, o pavor de Khada aumentou. E logo ela descobriria que seus piores temores se concretizariam. “Após dois dias, ele foi encontrado morto, com sinais de tortura. Foi uma experiência tão traumática que entrei em coma. Quando retomei a consciência, estava em casa e o corpo do meu marido foi levado para ser enterrado”, disse.
Desafios sob o regime talibã
Após a morte do marido, Khada decidiu parar de chorar e prosseguir no caminho de Cristo. — Foto/Reprodução/foto representativa.
Até hoje, Khada não tem respostas de por que ele foi levado ou de quem o matou, o que provavelmente nunca saberá. Ela relembra como a antiga chefe, que a apresentou a Jesus, a abordou e assegurou que o marido dela agora estava com Cristo. Khada disse que encontrou força e conforto nas Escrituras. “Eu parei de chorar, li Efésios, capítulo seis, e fiz um voto de seguir no caminho de Cristo.”
Os momentos mais difíceis são as noites. Normalmente, quando os filhos dormiam, ela conversava com o marido e liam a Bíblia juntos. Esse tempo acabou, mas a fé de Khada não diminuiu. Mesmo que seu marido tenha partido, Khada conversa com Jesus e seu relacionamento com ele fica cada vez mais forte. “No passado, todas as minhas histórias e conversas eram com meu marido. Agora, todas são com Jesus. Eu acredito que ele ouve todas as minhas orações”, conta.
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Quando o Talibã assumiu o controle do Afeganistão, a vida se tornou muito difícil para as mulheres. A maioria é proibida de trabalhar fora de casa e as que se aventuram devem estar acompanhadas de um homem como guardião. “Eu continuo sendo serva de Cristo, seguindo seu exemplo de humildade e grandeza. Enfrentamos desafios no regime do Talibã, mas com uma fé forte, perseveramos”, compartilhou.
Cristãos no Afeganistão, apesar de poucos em número, seguem o chamado que receberam de Deus. Não é seguro nem fácil, mas eles têm fé para completar o trabalho que Deus preparou. “Se perdermos nossa vida, estaremos orgulhosos de nós mesmos. Peço orações pelo Afeganistão e pelos não cristãos, para acreditarem em Cristo.
Quando escolhemos o caminho de Cristo, sabemos que ele tem suas próprias dificuldades, mas com esperança e uma promessa feita entre nós, continuamos a jornada. Esperamos que um dia tudo fique bem e tenhamos um Afeganistão completamente cristão. Eu sempre lembro dessa lição, o Afeganistão deve mudar porque é o que acontecerá se tivermos uma fé firmada em Jesus Cristo”, explica.
Bíblias para cristãos secretos
A Portas Abertas ajuda cristãos secretos ao redor do mundo a entender a esperança e as promessas da palavra de Deus. Uma doação garante Bíblias para cristãos afegãos, para que conheçam mais a Deus e tenham a fé fortalecida por meio das Escrituras.
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