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Líder supremo do Irã promete ao chefe do Hamas que “Israel será eliminado”.

      Reunião entre o líder do Irã, Ali Khamenei e o representante do Hamas, Ismail Haniyeh.  —  Foto/Reprodução/Captura de tela/X/Khamenei Media.
 
Líder supremo do Irã promete ao chefe do Hamas que “Israel será eliminado”.
Publicado no Conexão Notícia em 23.maio.2024.   

Grupo no WhatsApp Além do líder do Hamas, Ali Khamenei recebeu em Teerã os representantes de outros grupos terrorista que o Irã apoia.

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei e o líder do Hamas, Ismail Haniyeh se reuniram em Teerã nesta quarta-feira (22), onde o representante da organização terrorista palestina esteve para o funeral do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, que morreu no último domingo (19) em um acidente de helicóptero.

“A promessa divina de eliminar a entidade sionista será cumprida e veremos o dia em que a Palestina ascenderá do rio ao mar”, disse Khamenei a Haniyeh durante uma reunião em seu gabinete.
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O chefe do politburo do Hamas respondeu: “Se Deus quiser, veremos esse dia juntos”.

No encontro, o líder iraniano também comentou sobre os protestos anti-Israel que estudantes pró-Palestina estão realizando em campi universitários nos EUA e em outros lugares.

“Quem teria acreditado que um dia slogans de apoio à Palestina seriam levantados nas universidades dos EUA e que a bandeira da Palestina seria hasteada lá? Quem teria acreditado que um dia no Japão, em manifestações de apoio à Palestina, o slogan “Morte a Israel” seria entoado em persa?”, escreveu o Tehran Times como citação de Khamenei.

Haniyeh já havia se juntado ao cortejo fúnebre de Raisi, assim como o vice-líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Naim Qassem.

Representantes dos rebeldes Houthi do Iêmen, que, assim como o Hamas e o Hezbollah, são apoiados pelo Irã, também estiveram presentes.

“Estou aqui em nome do povo palestino, em nome das facções de resistência de Gaza… para expressar as nossas condolências”, disse Haniyeh à multidão, que gritava “Morte a Israel”.

“Digo mais uma vez… temos a certeza de que a República Islâmica do Irã continuará a apoiar o povo palestino”, acrescentou.

Haniyeh também estava entre os representantes de grupos armados que participaram das orações lideradas por Khamenei sobre os caixões de Raisi, do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, e de outras seis pessoas que morreram no acidente de domingo.
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Haniyeh relatou que, neste ano, Raisi lhe disse que o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza, foi um "terremoto no coração da entidade sionista".

O Irã, que não reconhece Israel e cujos líderes têm apelado abertamente à sua destruição, tem sido um apoiador fervoroso das atrocidades cometidas pelo Hamas. Três dias após o ataque devastador, Khamenei afirmou que Israel “não pode se recuperar da derrota de 7 de outubro”.  


As informações são do GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL.

Edição Geral: CN.

Publicação
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Antissemitismo: Câmara dos EUA aprova lei que define discriminação contra judeus.
      Câmara dos Representantes.  —  Foto/Reprodução/Britannica.
 
Publicado no Conexão Notícia em 05.maio.2024.   

Grupo no WhatsApp Projeto foi apresentado em meio à onda de protestos anti-Israel em universidades americanas.

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quarta-feira (1) um projeto de lei que amplia a definição de antissemitismo, que é a discriminação contra judeus.

A votação ocorreu após protestos pró-palestinos em universidades em todo o país, devido ao conflito entre Israel e o Hamas.

Os defensores da legislação afirmam que a lei auxiliará no combate ao antissemitismo nas universidades.
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O projeto recebeu 320 votos a favor e 91 contrários. Entre eles, 70 democratas e 21 republicanos votaram contra a lei.

A lei estipula que o Departamento de Educação deve usar leis federais antidiscriminação como referência para possíveis punições. Atualmente, o Departamento baseia-se na definição de antissemitismo apresentada pela Aliança Internacional pela Lembrança do Holocausto.

Antijudaicos

O pastor Michael Brown, apresentador do programa de rádio The Line of Fire, diz que os protestos em universidades nos EUA que acontecem desde o dia 18 de abril, “não são simplesmente protestos pró-Palestina e anti-Israel. São protestos pró-Hamas e antijudaicos."

"Esses estudantes [significando, na Universidade de Columbia], em sua maioria, não necessariamente veem isso como um recomeço do BLM, mas é isso que é, e é isso que forças políticas muito mais poderosas do que os estudantes estão determinados a transformar”, afirmou.

E continuou: “Essas forças enxergam uma oportunidade que realmente tem muito pouco a ver com Israel ou Gaza. E se tiverem sucesso, haverá muita violência e perturbação este ano que se estende muito além da Columbia e de Morningside Heights."

Protestos nas universidades

Mais de 1.000 pessoas foram presas em protestos em universidades nos EUA, em 25 campi em pelo menos 21 estados, desde o dia 18 de abril.

Em Nova York, na Universidade de Columbia, estudantes montaram acampamento e posteriormente invadiram o Hamilton Hall. Eles barricaram e trancaram as portas de entrada. A intervenção da polícia resultou na prisão de dezenas de pessoas, obrigando os alunos a deixarem o local.
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A ação ocorreu após o Departamento de Polícia de Nova York receber uma carta da Universidade de Columbia autorizando sua entrada no campus, conforme informado por uma fonte policial à CNN.

No geral, estudantes pedem que as universidades cortem relações com empresas ligadas à Israel. As especificidades das exigências de desinvestimento dos manifestantes estudantis variam em âmbito de escola para escola.

A coligação em Columbia quer que a universidade retire US$ 13,6 bilhões de investimento de qualquer empresa ligada a Israel ou de empresas que estejam lucrando com a guerra Israel-Hamas. Os líderes dos protestos mencionaram a venda de ações de grandes empresas em discursos.

Com a intensificação da violência e também o risco de expulsão, parte dos alunos também pede a assistia após o fim dos protestos.


As informações são do GUIAME e CNN BRASIL.

Edição Geral: CN.

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Jesus e a Língua Hebraica.
      Imagem ilustrativa de Jesus ​​no deserto.  —  Foto: FreeBibleimages/LUMO project.
 
Jesus e a Língua Hebraica.
Publicado no Conexão Notícia              

Grupo no WhatsApp Não se pode compreender a essência das palavras de Jesus se não nos voltarmos para o contexto cultural de sua época, em especial, a língua hebraica, diz Getúlio Cidade.*

Quando se lê a Bíblia, deve-se ter em mente que os fatos relatados ocorrem em um contexto hebraico. 

A despeito do original dos Evangelhos ter sido escrito em grego, suas histórias ocorreram tendo não somente a língua hebraica como pano de fundo, mas os escritores são de origem hebraica, a cultura é hebraica, as tradições e os conceitos são hebraicos. Embora houvesse também o aramaico falado no tempo de Jesus, o consenso hoje entre os eruditos é de que os relatos dos Evangelhos tenham sido escritos inicialmente em hebraico, somente traduzidos mais tarde para o grego.

É importante ressaltar que o hebraico nunca deixou de ser falado nos círculos religiosos, mesmo quando o aramaico era a língua do dia a dia, como no século I. Qualquer rabino, independentemente de sua corrente doutrinária, dominava as duas línguas. Toda a liturgia do Templo e das sinagogas sempre era conduzida no hebraico — a língua da Torá e dos Profetas — assim como muitos dos ensinos rabínicos.

Dentro do hebraico, há os hebraísmos que são locuções peculiares da língua hebraica. Trata-se de expressões únicas ocorridas apenas dentro dessa língua. Em uma instância mais ampla, referem-se também à cultura, tradições e fé do povo judeu (Jesus viveu essa tradição). 
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Os Evangelhos estão repletos de hebraísmos, expressões idiomáticas empregadas no século I que foram traduzidas literalmente para o grego. Isso explica o porquê de tantas palavras e expressões usadas por Jesus serem de difícil compreensão. 

Muitos eruditos acreditam que demasiada ênfase foi dada ao estudo do grego por causa dos Evangelhos em detrimento do hebraico. Hoje sabe-se que a chave para compreender melhor seus escritos reside na língua hebraica, além de se buscar conhecer e compreender a história e cultura hebraicas.

“Salgado com fogo”

Uma das expressões usadas por Yeshua mais difíceis de compreender está no Evangelho de Marcos: “Porque cada um será salgado com fogo” Marcos 9:49. Essa passagem fica ainda mais confusa no verso seguinte, quando Ele diz que os discípulos devem ter sal em si mesmos. Aqui a interpretação é clara e direta. 

Os discípulos devem fazer a diferença com seu modo de vida, assim como o sal faz a diferença no sabor da comida. Nos dois versos, Yeshua faz um duplo emprego com a palavra sal, o que mostra um bom domínio do hebraico, como era de se esperar de um rabino. No entanto, o que Ele quis dizer no verso 49 com “salgado com fogo”?   

Muitas explicações teológicas têm sido dadas, ao longo dos séculos, sobre essa expressão e a maioria delas afirma que Jesus estava se referindo à purificação pelo fogo, uma vez que o sal era usado nas ofertas sacrificiais do templo. Porém, estudos mais recentes, a partir do século XX, feitos por intermédio de tradução reversa do grego para o hebraico, mostraram que se trata de um hebraísmo.

Se analisarmos o contexto em que Yeshua usa essa expressão, Ele está falando sobre o inferno e seu sofrimento para os que para lá forem lançados (Marcos 9:42-48). Ao compreendermos esse significado do sal na cultura hebraica, faz todo sentido dizer que o Messias está se referindo à destruição completa pelo fogo do inferno. Isso nada tem a ver com purificação da alma ou o que quer que seja. 

A tradução de Robert Lindsey sugere que essa expressão idiomática “salgado com fogo” foi traduzida literalmente para o grego, em vez de ser adaptada. Uma tradução menos literal e mais precisa seria: “Cada um (que for lançado no inferno) será completamente destruído”. A expressão “salgado com fogo” foi perfeitamente compreendida pela audiência de Yeshua, porém, ao ser traduzida literalmente para outras línguas e culturas que desconheciam a cultura hebraica, perdeu seu sentido, causando confusão ainda hoje.

Raízes judaicas

Esse é apenas um exemplo dentre várias ocorrências de hebraísmos nos Evangelhos. Ao usar o grego como língua principal para interpretar verdades que foram ensinadas originalmente no hebraico e, em menor grau, em aramaico, fez com que a Igreja fosse dividida em várias doutrinas. Some-se a isso o pensamento helenista que se impôs sobre a Igreja, bem como o paganismo nele entranhado, e temos a explicação para tantos desvios doutrinários bem como inúmeras divergências que assolam o cristianismo. 
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Se tão somente a Igreja não tivesse se apartado de suas raízes judaicas, o cristianismo não seria tão dividido como é hoje. Não se pode compreender a essência das palavras e ensinamentos de Jesus se não nos voltarmos para o contexto cultural de sua época, em especial, para a língua hebraica falada em seus dias, para a cultura rabínica da qual Ele fez parte e, principalmente, para a Torá, os Profetas e demais livros do Velho Testamento, tão desconhecidos e ignorados por muitos cristãos de hoje.   


*Getúlio Cidade é escritor, tradutor e hebraísta, autor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo e do blog www.aoliveiranatural.com.br

*O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Conexão Notícia.

GUIAME, GETÚLIO CIDADE.

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