Em alta, hepatites virais matam 3,5 mil pessoas por dia no mundo, alerta...
De acordo com os novos dados, 83% das mortes são causadas pela hepatite B, e 17%, pela C. — Foto/Reprodução/Freepik.
Em alta, hepatites virais matam 3,5 mil pessoas por dia no mundo, alerta novo relatório da OMS.
Grupos no WhatsApp | Os casos de hepatites virais são responsáveis pela morte de 1,3 milhão de pessoas por ano, aproximadamente 3,5 mil por dia.
Os dados atualizados sobre os diagnósticos fazem parte do novo Relatório Global sobre Hepatite 2024, da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira durante a Cúpula Mundial sobre Hepatite, que acontece em Lisboa, Portugal.
Segundo o documento, as hepatites virais representam a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo, provocando um número de óbitos semelhante à tuberculose, atual líder. De forma mais alarmante, mostra ainda que esse ritmo está em alta: de 2019, quando 1,1 milhão de vidas foram perdidas, cresceu 18,2% até 2022, ano mais recente do levantamento.
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Os números são uma estimativa baseada em informações de 187 países. Os especialistas que elaboraram o relatório pontuam que, embora o mundo tenha melhores ferramentas de diagnóstico e tratamento da infecção viral que acomete o fígado, com preços mais baixos, os percentuais de pessoas que acessam os testes e as terapias permanecem praticamente estagnados.
"Esse relatório mostra um quadro preocupante: apesar do progresso global na prevenção de infecções por hepatite, as mortes estão aumentando porque muito poucas pessoas com hepatite estão sendo diagnosticadas e tratadas", diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em nota.
Apesar do cenário, a organização afirma que a meta de eliminar a doença até 2030 segue possível, desde que “ações rápidas” sejam tomadas agora. "A OMS está comprometida em apoiar os países para que usem todas as ferramentas à sua disposição, a preços acessíveis, para salvar vidas e reverter essa tendência”, continua o diretor-geral.
De acordo com os novos dados, 83% das mortes são causadas pela hepatite B, e 17%, pela C. As estimativas da OMS apontam ainda que mais de 300 milhões de pessoas vivem com formas crônicas das infecções, 254 milhões com hepatite B, e 50 milhões, com a C. Homens são responsáveis por 58% desses casos; metade são entre pessoas de 30 a 54 anos e 12% são entre crianças e adolescentes com menos de 18 anos.
Oficialmente, no entanto, de modo contrário ao número de óbitos, a taxa de incidência passou por uma “ligeira diminuição” de 2019 para 2022. No ano mais recente do monitoramento, foram 2,2 milhões de novas infecções (1,2 milhão de hepatite B e 1 milhão de hepatite C), 12% a menos que as 2,5 milhões registradas em 2019.
De acordo com a OMS, isso mostra que as medidas de prevenção, como a vacinação, junto com a expansão do tratamento contribuem para reduzir a incidência. Ainda assim, o órgão destaca que ela permanece elevada – mais de 6 mil pessoas são infectadas a cada dia.
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No Brasil, a imunização contra a hepatite B faz parte do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O esquema é composto por quatro doses aplicadas ao nascer, aos 2, aos 4 e aos 6 meses.
Crianças, adolescentes e adultos que nunca foram vacinados contra a hepatite B também podem buscar a proteção na rede pública. Ela é feita no esquema de três doses com o intervalo de um ou dois meses entre as duas primeiras, e de seis meses entre a primeira e a terceira. Não existe vacina para a hepatite C.
As hepatites virais são infecções causadas por um vírus que atinge o fígado, podendo ser leve, moderada ou grave. Em muitos casos, podem não apresentar sintomas. Em outros, podem provocar cansaço, febre, mal-estar, vômitos, dor abdominal, olhos e pele amarelada, entre outros.
Os vírus conhecidos que causam hepatites são o A, o B, o C, o D e o E. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, os mais comuns são o A, o B e o C. Ainda de acordo com a pasta, frequentemente os casos provocados pelos patógenos B e C se desenvolvem em infecções crônicas – que, sem tratamento e a longo prazo, podem causar fibrose avançada, cirrose e levar ao desenvolvimento de um câncer e à necessidade de um transplante.
Falta de acesso a diagnóstico e tratamento
Segundo o novo relatório, somente 13% de todas as pessoas que vivem com uma infecção crônica de hepatite B receberam o devido diagnóstico (contra 10% em 2019), e apenas 3%, o equivalente a em média 7 milhões de pessoas, recebiam o tratamento com antivirais no fim de 2022 (contra 2% três anos antes).
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Em relação à hepatite C, 36% dos pacientes foram diagnosticados (contra 21% em 2019), e 20%, 12,5 milhões de pessoas, recebiam a terapia (contra 13% na pesquisa anterior). Os números revelam uma ligeira melhora, mas um cenário bem distante da meta de ter 80% das pessoas que vivem com infecções crônicas de hepatite B e C em tratamento até 2030, daqui a seis anos.
Apenas 60% dos países relatores oferecem serviços de teste e tratamento de hepatite viral gratuitos. — Foto/Reprodução.
Segundo o documento, no Brasil eram 1.038.564 pessoas vivendo com uma infecção crônica de hepatite B em 2022. 34,2% haviam sido devidamente diagnosticadas, e 3,6% estavam em tratamento. Foram 2.578 mortes no ano pela doença.
Em relação à hepatite C, eram 535.868 brasileiros com um quadro de infecção crônica – 36% devidamente diagnosticados, e 24% em tratamento. Foram 2.977 óbitos pela hepatite em 2022. As taxas de detecção e acesso às terapias foram superiores à média mundial.
A OMS, porém, destaca os cenários desiguais pelo planeta. A Região Africana, por exemplo, responde por 63% das novas infecções de hepatite B a cada ano, enquanto somente 18% dos bebês têm acesso à vacinação ao nascer.
Na região do Pacífico Ocidental, que representa quase metade das mortes (47%) por hepatite B, a cobertura de tratamento é de apenas 23%, o que “é muito baixo para reduzir a mortalidade”, diz a organização.
“Bangladesh, China, Etiópia, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Federação Russa e Vietnã arcam, juntos, com quase dois terços do ônus global da hepatite B e C. Alcançar o acesso universal à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento nesses dez países até 2025, juntamente com a intensificação dos esforços na Região Africana, é essencial para que a resposta global volte a ser adequada para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, continua.
Um dos problemas é a disparidade no acesso aos medicamentos genéricos, que têm preços mais baixos. O relatório cita que, embora o tenofovir, remédio utilizado no tratamento da hepatite B, não tenha mais patente, somente 7 de 26 países informaram pagar valores iguais ou menores ao de referência, de 2,4 dólares por mês.
O mesmo acontece para um curso de 12 semanas de sofosbuvir/daclatasvir pangenotípico para o tratamento da hepatite C. Embora o preço de referência global seja de 60 dólares, apenas 4 dos 24 países que divulgaram valores disseram pagar essa quantia ou menos.
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“A prestação de serviços continua centralizada e verticalizada, e muitas populações afetadas ainda enfrentam despesas do próprio bolso para obter serviços de hepatite viral. Apenas 60% dos países relatores oferecem serviços de teste e tratamento de hepatite viral gratuitos, total ou parcialmente, no setor público. A proteção financeira é menor na região da África, onde apenas cerca de um terço dos países relatores oferecem esses serviços gratuitamente”, diz a OMS, em nota.
Recomendações para acelerar a eliminação da hepatite
Para que a meta de eliminar as hepatites em 2030 continue viável, o novo relatório aponta um conjunto de 8 ações que devem ser tomadas pelos países. São elas:
Expandir o acesso a testes e diagnósticos;
Mudar políticas para implementação de tratamento equitativo;
Fortalecer esforços de prevenção da atenção primária;
Simplificar a prestação de serviços, otimizando a regulamentação e o fornecimento de produtos;
Desenvolver casos de investimento em países prioritários;
Mobilizar financiamento inovador;
Utilizar dados aprimorados para ação e
Envolver as comunidades afetadas e a sociedade civil e avançar nas pesquisas para melhorar o diagnóstico e as possíveis curas para a hepatite B.
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As informações são de i Oi gi li oi bi o.
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Pessoas que sofreram danos pelo imunizante da AstraZeneca foram forçados a desistir de ação judicial.
AstraZeneca argumentou que o risco de coágulos sanguíneos era conhecido pelos que receberam suas doses. — Foto/Reprodução/Freepik.
Grupos no WhatsApp | Doze pessoas feridas ou enlutadas pelas vacinas desistiram de suas reivindicações porque a empresa produziu um folheto alertando para coágulos sanguíneos "raros" em abril de 2021. POR RACHEL ROBERTS.
Matéria traduzida e adaptada do inglês, originalmente publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Alguns dos feridos e enlutados pela vacina contra a COVID-19 envolvidos em uma ação coletiva contra a AstraZeneca, foram forçados a abandonar suas reivindicações depois que a gigante farmacêutica argumentou que o risco de coágulos sanguíneos era conhecido quando receberam suas doses.
Com o julgamento marcado para começar na High Court em Londres na sexta-feira, 12 dos feridos ou parentes enlutados foram informados de que era muito improvável que o caso como um todo pudesse ter sucesso se suas reivindicações permanecessem porque a AstraZeneca havia emitido um folheto alertando sobre a possibilidade de coágulos sanguíneos potencialmente fatais a partir de 7 de abril de 2021, cerca de três meses após o início da vacinação.
Um dos forçados a desistir é Gareth Eve, marido da apresentadora de rádio da BBC Lisa Shaw, que morreu aos 44 anos de complicações causadas pela vacina. O Sr. Eve compartilhou sua frustração na plataforma de mídia social X.
“Independentemente disso, continuarei pressionando pelo apoio que todos merecemos”, disse ele, marcando a Secretária de Saúde Victoria Atkins e vários jornalistas da BBC e da LBC que promoveram a narrativa de “segura e eficaz” sobre a vacina que matou sua esposa.
Em uma postagem separada em que compartilhou um link para um artigo no The Telegraph, o Sr. Eve recebeu com satisfação a notícia de que a AstraZeneca teria admitido em casos em andamento que sua vacina pode causar mortes e danos.
Ele disse: “Infelizmente, o caso da minha esposa Lisa não pode mais fazer parte desta ação. Espero que os casos restantes tenham sucesso.”
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E acrescentou: “Tudo o que peço é a oportunidade de falar com o Governo e a AstraZeneca. Isso poderia ser resolvido com uma conversa. Por favor, tirem um tempo para nos ouvir.”
A AstraZeneca teria admitido em documentos judiciais que sua vacina pode causar um tipo de coágulo sanguíneo chamado trombocitopenia trombótica—que matou várias das vítimas—, mas está argumentando que isso pode ocorrer sem a vacinação, o que é contestado pelos que estão trazendo o caso.
Folheto alegava que coágulos eram “muito raros”
A gigante farmacêutica apontou para um folheto de informações de segurança do paciente produzido em abril de 2021, alertando para a possibilidade de “raros” coágulos sanguíneos, que podem causar lesões graves e morte.
O documento, que deveria estar disponível nos centros de vacinação, alertava que “casos extremamente raros de coágulos sanguíneos com baixos níveis de plaquetas foram observados após a vacinação com a vacina COVID-19 da AstraZeneca.”
Advogados acreditam que isso pode proteger a empresa farmacêutica contra casos trazidos por famílias cujos parentes receberam uma dose fornecida após 7 de abril de 2021.
Vikki Spit, que ainda está envolvida na reivindicação e cujo parceiro, conhecido como Z, morreu após receber a vacina, confirmou ao The Epoch Times que algumas famílias foram forçadas a abandonar seus casos.
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Seu parceiro de 20 anos, um músico, recebeu sua única dose da vacina AstraZeneca em 5 de maio de 2021, mas o lote do qual sua dose veio foi entregue ao centro de vacinação antes de 7 de abril, o que significa que ela ainda pode reivindicar.
A Sra. Shaw recebeu sua única dose da vacina AstraZeneca em 29 de abril de 2021—quase uma semana antes de Z receber a dele—mas seu marido desistiu de sua reivindicação por causa da data de entrega posterior do lote do qual ela recebeu sua dose fatal.
A Sra. Shaw e Z estavam no mesmo hospital ao mesmo tempo—o Royal Victoria Infirmary em Newcastle—com seus parceiros enlutados se tornando amigos posteriormente através do grupo de apoio, Feridos e Enlutados pela Vacina no Reino Unido.
A Sra. Spit disse ao The Epoch Times: “Felizmente, ainda estou na reivindicação. Mas estou absolutamente arrasada por aqueles que foram deixados para trás. Esperamos poder incluí-los de alguma forma.”
Ela disse que a “tecnicidade” do folheto significa que “o ônus está sendo colocado sobre os feridos e mortos pela vacina” em vez da empresa farmacêutica.
“Acho que é mais sobre reputação de marca do que dinheiro para eles. Eles poderiam pagar às pessoas e resolver fora do tribunal, mas isso significaria admitir responsabilidade, então eles vão procurar qualquer desculpa para evitar isso.”
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A Sra. Spit disse também acreditar que “as comportas podem se abrir” para muitas mais reivindicações, que ainda não foram aceitas possivelmente porque a causa da morte nos atestados de óbito das pessoas não foi relacionada à vacina.
“Eles distribuíram para pessoas mais velhas primeiro, e assim as mortes eram menos óbvias do que quando foi administrada a grupos mais jovens”, disse ela.
“É uma brecha legal para evitar aceitar responsabilidade. É horrendo.”
Lei de Proteção ao Consumidor Utilizada
O governo concedeu indenização legal a todas as empresas farmacêuticas que fabricam as vacinas como condição para serem fornecidas, tornando muito difícil processar os fabricantes.
A ação coletiva está sendo movida nos tribunais civis, com as vítimas representadas pelos advogados Leigh Day, que argumentam que as vacinas eram um produto “não adequado para o propósito” sob a Lei de Proteção ao Consumidor.
O governo já afirmou, em resposta a uma petição para revogar a indenização dos fabricantes, que “não pode comentar sobre os termos em que as vacinas COVID-19 foram fornecidas, pois estes são confidenciais.”
As vacinas foram todas licenciadas pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde sob autorização de uso emergencial após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o vírus que causa a COVID-19 se espalhando era uma “pandemia”, apesar de a OMS ter declarado a doença como de “consequência não séria” pouco antes do anúncio do primeiro lockdown no Reino Unido.
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A vacina AstraZeneca foi retirada de uso em vários países assim que ficou claro que estava causando mortes e danos graves às pessoas. Seu uso no Reino Unido foi suspenso para grupos etários mais jovens, sendo que outras marcas de vacina, principalmente da Pfizer e Moderna, foram oferecidas a menores de 30 anos a partir de abril de 2021 e a menores de 40 anos no mês seguinte.
Após dois casos-teste no ano passado, um total de 63 casos foram apresentados perante o tribunal, mas 12 desistiram e 51 reivindicações estão em andamento, de acordo com pessoas familiarizadas com o caso que falaram com o The Epoch Times.
O ônus da prova para aqueles que desejam fazer parte do caso judicial era alto, pois a vacina tinha que ter sido colocada no atestado de óbito como causa da morte no caso dos enlutados, ou aqueles prejudicados pelas vacinas tinham que ter um diagnóstico oficial de um conjunto específico de condições com profissionais médicos concordando que o dano foi causado pelas vacinas.
A vacina Oxford AstraZeneca não é uma vacina de mRNA, mas sim um vetor viral, e foi lançada com muito alarde em janeiro de 2021, com o governo instando a população do Reino Unido a “se apresentar” e se vacinar, afirmando que reduziria a transmissão e protegeria o indivíduo.
Desde então, o governo admitiu que as vacinas pouco reduziram a transmissão, embora os funcionários mantenham que salvaram “milhões” de vidas ao supostamente reduzir a gravidade dos sintomas.
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Milhares rejeitados para pagamento do governo
As famílias e indivíduos envolvidos na reivindicação judicial, incluindo aqueles que desistiram, acredita-se que receberam um pagamento de £120.000 do governo via Esquema de Pagamento de Danos pela Vacina (VDPS), que só é dado em casos em que é comprovado que pelo menos 60 por cento de incapacidade foi causada por uma vacina.
Milhares de pessoas a mais reivindicaram o VDPS, mas tiveram suas reivindicações rejeitadas por não atingirem o limite de 60 por cento de incapacidade, mesmo que possam ter ficado com sérios problemas de saúde em curso e serem incapazes de trabalhar.
O deputado Sir Christopher Chope está tentando fazer com que um projeto de lei de membro privado passe pela Câmara dos Comuns para reformar o VDPS, mas ainda não foi debatido e pode não ter tempo no atual Parlamento antes das próximas eleições gerais.
Sir Christopher enviou uma pergunta ao Departamento de Saúde perguntando sobre a data em que a vacina AstraZeneca foi retirada de uso no Reino Unido. A resposta que ele recebeu da ministra Maria Caulfield não reconhece problemas com a vacina e afirma que o contrato com a gigante farmacêutica foi encerrado porque seus concorrentes eram considerados oferecer melhor proteção.
A resposta da Sra. Caulfield diz: “A AstraZeneca concluiu seu acordo de fornecimento da vacina COVID-19 com o governo em 2022. Desde o início do programa de reforço da vacina COVID-19 em setembro de 2021, de acordo com o conselho do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI), as vacinas implantadas no programa nacional foram principalmente vacinas de mRNA que foram consideradas proporcionar uma forte resposta de reforço.”
O The Epoch Times contatou os advogados Leigh Day e a AstraZeneca para comentários.
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As informações são do The Eipioicih iTimes.
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OMS agora é enfática em não recomendar máscaras generalizadas para doenças como a Covid, diz Portal.
Sede da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça. — Foto/Reprodução/Yann Forget/Wikimedia Commons.
Grupos no WhatsApp | A OMS reverteu discretamente posições anteriores sobre uso generalizado de máscaras para doenças transmitidas pelo ar, como a Covid, diz Portal de Notícias. Confira a matéria completa da Giaizieitia ido iPovo, logo abaixo.
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Novo relatório técnico
Com baixa repercussão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no último dia 18/04 um novo relatório técnico produzido após consulta com agências de saúde pública ao redor do mundo. O documento, dedicado à “terminologia proposta para patógenos que se transmitem pelo ar”, trata timidamente o uso de máscaras, em contraste com manifestações anteriores da entidade durante a pandemia de Covid-19.
52 páginas de relatório
Nas 52 páginas do relatório, máscaras são citadas apenas três vezes em listas de “medidas de mitigação” que “podem reduzir o risco de patógenos que se transmitem pelo ar”: “distanciamento, máscaras, ventilação/diluição e padrão de circulação de ar adequados em espaços fechados”. Não há menções à medida exata do distanciamento, antes especificado como de um ou dois metros nas diretrizes publicadas durante a pandemia.
Sem comprovação científica
O texto diz enfaticamente que “não há nenhuma sugestão deste processo consultivo que para mitigar o risco de transmissão pelo ar a curtas distâncias as ‘precauções para ar’ (como são chamadas atualmente) completas devem ser usadas em todas as situações, para todos os patógenos”.
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Paciente deve usar máscara quando apropriado
As precauções desnecessárias para o caso geral são esclarecidas em uma nota de rodapé: “colocar o paciente em uma sala isolada contra infecções pelo ar, uso de equipamento de proteção pessoal por profissionais de saúde (incluindo respirador), limitar transporte e movimento dos pacientes e pedir ao paciente que use uma máscara quando apropriado”.
Os riscos dos ambientes fechados
O documento também deixa claro que doenças transmitidas pelo ar são um problema principalmente em ambientes fechados, não espaços abertos. Embora a OMS não tenha sido enfaticamente a favor de máscaras obrigatórias durante a pandemia, houve por parte da organização um “silêncio eloquente” a respeito de proibições que afetavam até espaços abertos, como foi o caso das regras draconianas em muitos lugares pelo mundo, inclusive o Brasil, que levaram a punições contra pessoas que caminhavam ou corriam em espaços abertos sem máscara.
Reconhecimento por parte da OMS
O próprio reconhecimento por parte da OMS de que a Covid se transmite pelo ar já é um avanço. Havia um consenso espúrio na medicina que levou a um atraso nas recomendações de que esse tipo de vírus precisaria de gotículas grandes de fluido para se transmitir, por isso houve ênfase em superfícies e em lavar as mãos no início da pandemia. Esse consenso foi derrubado em agosto de 2021 graças ao trabalho da especialista em aerossol Lindsay Marr, da instituição Virginia Tech. Ela relatou ter sofrido resistência para ser ouvida por autoridades da medicina.
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Por que máscaras obrigatórias foram má ideia
Enquanto há indícios “mecânicos” (como o tamanho dos poros) que corroborem especialmente os respiradores para uso individual, o uso social das máscaras, imposto ou não, não dispõe de evidências suficientes a seu favor. Este já era o caso quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) insistiu em máscaras obrigatórias nos aeroportos no início de 2023, atraindo uma crítica dura de José Hiran da Silva Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina.
Máscaras de uso social
“Máscaras como sinalização de virtude ou como medida de sensação de pertencimento social jamais podem ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”, disse Gallo na época.
O que disse John Tierney
A falta de indícios que justificassem máscaras obrigatórias, até de tecido, para toda a população já era conhecida logo antes da pandemia, como afirmou o jornalista científico John Tierney em artigo de setembro de 2023.
A ineficácia para uso social foi confirmada em duas revisões da Cochrane, respeitada organização dedicada a avaliar e resumir evidências de eficácia de tratamentos médicos. A Gazeta do Povo cobriu todo este debate e as críticas contra o maior estudo pró-mascaras feito no período da pandemia, realizado em Bangladesh.
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A evolução de posições da OMS sobre as máscaras
Janeiro de 2020: inicialmente, a organização declarou que o público em geral não precisava das máscaras, exceto as pessoas que apresentavam sintomas ou que cuidavam de quem estivesse com sintomas, como os profissionais médicos.
Abril de 2020: numa guinada, a OMS recomendou que máscaras fossem usadas em situações específicas, como o transporte público, onde o distanciamento entre as pessoas fosse difícil. Houve a ressalva de que o uso de máscaras poderia criar uma falsa sensação de segurança com negligência quanto a outras medidas tais como lavar as mãos. A recomendação de lavar mãos, contudo, estava associada à posição equivocada de que o vírus da Covid precisava de gotículas grandes para se transmitir, em vez de se transmitir pelo ar.
Junho de 2020: a OMS reconheceu que havia portadores assintomáticos do vírus e revisou suas recomendações sobre as máscaras, endossando aquelas feitas de tecido (alternativamente às cirúrgicas e aos respiradores como N-95), com três camadas, para uso do público. “Você deve também manter uma distância física mínima de um metro dos outros”, dizia a organização, uma recomendação também baseada na falsidade da transmissão preferencial da Covid via gotículas grandes.
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Agosto de 2020: as diretrizes da OMS junto com a UNICEF não recomendavam máscaras para crianças até os cinco anos de idade, por potenciais problemas que seriam impostos pelo uso ao seu desenvolvimento. Para crianças dos seis aos 11 anos, deixavam a cargo de cada país decidir com base na intensidade da transmissão viral local e outros fatores. Para crianças a partir dos 12 anos, valeriam as mesmas regras aplicadas para adultos.
Dezembro de 2020: a entidade dessa vez entrou em mais detalhes sobre tipos de máscaras, para ajustar recomendações por situação.
Dezembro de 2021: última data de atualização das recomendações da OMS especificamente sobre o uso de máscaras contra Covid, feita quatro meses após Lindsay Marr conseguir voz na imprensa através da revista Wired. A entidade continuava recomendando máscaras de tecido e divulgava na mesma página um podcast de título “mandem cinco bilhões de máscaras, por favor”.
As informações são da Giaizieitia ido iPovo.
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