Os filhos: Pr. Ailton José Alves Júnior, Drª Ana Cláudia da Silva Alves e o Pr. Jefferson Nafis da Silva Alves juntamente com os seus filhos, nesse caso, netos do Pr. Presidente Ailton José.
O memorial especial
A família do Pr. Ailton José o presenteou com um memorial especial. O anuncio foi feito pelo Pr. Ainton Jr, diante de toda Igreja, presente no Templo Central e os que acompanhavam pela transmissão do Templo Central.
Memorial feito por um rabino judeu
O memorial especial foi feito por um rabino judeu, segundo o Pr. Ailton Jr., na Alemanha. Quanto a cidade, o pastor tinha dúvida.
O que motivou a inda mais a emoção do momento, sem dúvida, ficou por conta de que o memorial foi trazido pelos netos do pastor presidente.
Momento em que os netos do Pr. Ailton José Alves apresentaram o Memorial Especial. — Foto: Rede Brasil. Ailton Jr. declarou:
"Ele (o rabino) corta as letras e desenha com as próprias mãos," declarou o Pr. Ailton Jr. ao falar sobre como foram talhadas as letras em hebraico clássico no memorial com o qual o Pr. Ailton José Alves foi presenteado pela família. No centro do círculo do memorial foi escrito o primeiro no do Pr. Ailton, em grafia hebraica, no caso, Yossef."
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"No centro está o seu nome, em alto relevo: Yossef, José. E nós queríamos que esse quadro, que o senhor vai saber o que ele diz, em hebraico clássico, que ele ficasse guardado com o senhor. E todas as vezes que o senhor olhar, saiba, que este é, que esta é, a visão os filhos têm do senhor. E que os bisnetos que vierem, saibam que o senhor é este homem e foi este homem," continuou o Pr. Ailton Jr.Em seguida o Pr. Ailton Jr. esclareceu que o rabino judeu fez o memorial, conforme a orientação que lhe foi dada.
Após os esclarecimentos, a professora de hebraico da ESTEADEB - Escola Teológica das Assembleias de Deus no Brasil, professora irmã Márcia Madesa, fez uma saudação em hebraico: "Shalom Aleichem." Uma saudação frequentemente utilizada por Jesus, que significa "a paz esteja convosco". "Shalom Aleichem" é também o nome de um cântico entoado em celebrações do Shabat (sábado).
A professora Márcia Madesa também saudou o Pr. Ailton José Alves com o "éyom hu'ledet sameach" (feliz data de nascimento).
Momento Especial com o qual o Pr. Ailton José Alves foi presenteado. — Foto: Rede Brasil. A irmã Márcia Madesa também confirmou que o memorial foi feito em Hamburgo, na Alemanha.
A presença marcante de símbolos dos judeus no Templo Central
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Pernambuco nunca apoiou qualquer manifestação ou doutrina antijudaica ou antissemita. Todos os ensinos teológico do ministério da IEADPE é baseado na santa Bíblia Sagrada.
Teologia da Substituição
Presente em muitos púlpitos de igrejas, que se denominam "evangélica," a Teologia da Substituição afirma que o povo de Israel foi rejeitado por Deus ao não receber Jesus como Messias e tê-lo assassinado. Nenhuma das duas informações é verdadeira, ou seja, o povo de Israel nunca rejeitou Jesus como um todo, mas, apenas uma parte devido ao endurecimento. Leiamos o que diz Romanos 11:25:
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado."
Ora, muitos judeus decidiram seguir ao Senhor Jesus, em face de suas pregações, inclusive, inúmeros se tornaram seus seguidores, conforme descreve os evangelhos em diversas passagens.
"E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou," Mateus 15:30.
Conforme vimos no evangelho de Mateus, se tais pessoas (que eram judeus, semelhante ao Mestre) não tinham fé em Jesus Cristo, como sendo Filho de Deus, como eram curadas? Mais uma vez, os que defendem a teologia antissemita, entraram em profunda contradição.
"E seguiram-no grandes multidões, e curou-as ali." Mateus 19:2.
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Apesar da clareza dos textos bíblicos, as heresias que fluem dos mais diversos púlpitos, das mais diversas denominações, defendem que a rejeição de Deus teria anulado a aliança mosaica, feita no Sinai e, logo, Israel teria deixado de ser o povo eleito, tendo sido substituído pela Igreja cristã com quem Deus fizera uma nova aliança, a partir do sacrifício de Cristo. Por mais belo que tal afirmação possa parecer, na verdade, representa uma astuta cilada no inimigo da Igreja do Senhor Jesus. Vejamos o que o texto sagrado nos revela em Romanos 11:11, 12: "Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!"
Notadamente, aqueles que afirmam que Israel ou os judeus forma rejeitados não possuem o mínimo de conhecimento bíblico ou usam de astúcia para fazer com que os servos do Deus vivo tropecem e pequem assimilando uma teologia tão terrível com um potencial racista (antissemita) mais claro do que a luz do sol.
Leia mais sobre a Teologia da Substituição, logo após esta matéria.
Confira o vídeo (basta clicar sobre ele):
Imagens produzidas pela Rede Brasil.
Por Samuel Barbosa - Professor em História, pós-graduado em história do NE e Bacharel em Direito.
Um pouco sobre o Pr. Presidente Ailton José Alves
O Pastor Ailton, nasceu em 18 de agosto de 1953, em Timbaúba, filho de Benedito Claudino Alves e Maria Nelcina Alves. Converteu-se ao Evangelho em 1966, antes de completar 13 anos de idade, e foi batizado no Espírito Santo no mesmo ano num círculo de oração para crianças da AD em Recife. Foi separado para o diaconato em 1974, consagrado presbítero em 1976, a evangelista em 1980, e a pastor em 1984, aos 31 anos.
Casado com a irmã Judite Maria da Silva Alves (filha do ex-pastor-presidente da IEADPE, José Leôncio da Silva) e pai de três filhos: Ailton Júnior, Ana e Jefferson Nafis.
Seguiu para o campo missionário em 1981, sendo o primeiro missionário enviado pela Assembleia de Deus de Recife. Ele foi para Mar del Plata, na Argentina, onde permaneceu até 1989, deixando uma congregação com 90 membros. Pouco tempo depois de retornar ao Brasil, assumiu a AD em São Lourenço da Mata, no interior do Estado, na época com 5.300 membros. Após nove anos e seis meses à frente da igreja, entregou-a com 12 mil membros, saindo para assumir a liderança da AD em todo o Pernambuco, em substituição ao pastor José Leôncio da Silva, que pediu jubilação por motivo de saúde.
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Ele assumiu a Assembleia de Deus de Recife em outubro de 1998. Havia, nessa época, 320 congregações e aproximadamente 90 mil membros, só na capital, e 200 pastores em todo o Estado, de Pernambuco. Em 2007, havia 700 congregações e 200 mil membros. Depois que o pastor Ailton assumiu o pastoreado, a igreja também abriu novos trabalhos missionários e, em 2007, contava com 15 casais de missionários nos seguintes países: Portugal, África do Sul, Timor Leste, Moçambique, Guiné Bissau, Argentina, Peru e Bolívia.
Pastor Ailton José Alves fez 70 anos de idade. — Foto: Rede Brasil. Com apenas um ano à frente da AD pernambucana, pastor Ailton teve algumas realizações em sua gestão que mexeu com a sociedade daquele Estado. Uma delas foi a campanha contra a Aids e infidelidade conjugal por meio de outdoors espalhados em vários pontos da cidade, o que abriu espaço para a AD na mídia local. Outra ação foi a compra da Rádio CBN, com alcance em todo o Estado, transformando-a na Rádio Boas Novas. A igreja possui uma forte atuação na área social com a Secretaria de Obras Sociais, a Associação Joel Carlson com filiais em várias cidades, Fundação Aio de Assistência Social, escolas e departamento médico.
Uma das maiores marcas da AD de Recife entre as Assembleias de Deus é a oração. Ali foi fundado o Círculo de Oração em 1942 e, atualmente, funcionam 800 em Recife, o mesmo total de congregações.
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Segundo a permissão e vontade de Deus, pastor Ailton segue hoje como o líder da IEADPE em Recife e pastor presidente da Assembleia de Deus no Estado, até a volta de Jesus ou até o dia em que o Senhor o chamar para o Eterno Lar. Por Francisco Evangelista.
A Teologia da Substituição e suas nefastas consequências contra Israel
Jerusalém, capital do Estado de Israel. — Imagem/Reprodução/Stellalevi/iStock.
Publicado no Conexão Notícia em 25.junho.2023. Atualizado em 20.agosto.2023.
Grupo no WhatsApp | A Teologia da Substituição afirma que o povo de Israel foi rejeitado por Deus ao não receber Jesus como Messias e tê-lo assassinado. Por Getúlio A. Cidade. * Tal rejeição teria anulado a aliança mosaica feita no Sinai e, logo, Israel teria deixado de ser o povo eleito, tendo sido substituído pela Igreja cristã com quem Deus fizera uma nova aliança, a partir do sacrifício de Cristo.
Doutrina bíblica e antijudaica
Essa doutrina antijudaica alega que todas as promessas feitas a Israel desde a aliança abraâmica teriam sido transferidas para a Igreja.
A heresia do "novo Israel"
Seus fundamentos foram lançados ainda no século II por Justino Mártir em seu Diálogo com Trifão. Aqui, Justino propõe em sua exegese que os cristãos são o "novo Israel" ou o "verdadeiro Israel", termos constantes em suas argumentações.
O fermento da Teologia da Substituição
No início do cristianismo, havia uma natural afinidade entre os cristãos e Israel, a nação da Torá. Porém, as ideias da Teologia da Substituição foram fermentando esse perigoso levedo e ganhando força com o tempo.
Inflamados contra os judeus
Então, os Pais da Igreja Primitiva, com base nessa teologia, começaram a sufocar tal ligação. Dentre seus maiores defensores, está João Crisóstomo que, em suas famosas homilias, mostrou-se um dos agressores mais inflamados contra os judeus, a quem rotulou de "habitações de demônios, assassinos, sanguinários e piores que bestas selvagens".
O Concílio de Elvira
A separação do cristianismo de Israel e suas raízes judaicas foram se dando, então, gradativamente, logo nos primeiros séculos da era cristã. Diversos concílios foram realizados com o propósito de consolidar tal separação, como o Concílio de Elvira (306 d.C) que, por exemplo, proibiu que judeus e cristãos casassem entre si ou simplesmente compartilhassem refeições.
A Páscoa bíblica e a nova páscoa
No Concílio de Niceia (325 d.C), desvinculou-se a data da Páscoa bíblica para uma data que coincidisse com um domingo, passando a Igreja a celebrá-la em uma data móvel. Em uma carta circular, o imperador Constantino I esclarece que o motivo de tal separação era não celebrar a festa na mesma data que os judeus, "assassinos de Nosso Senhor". Esses são apenas alguns exemplos.
Jovem judeu estudando a bíblia. — Imagem/Priscilla Du Preez/Unsplash.
O cumprimento das profecias para Israel
Há, porém, um sério problema com essa teologia. Se Deus realmente rejeitou Israel, como explicar seu renascimento como Estado moderno, contra todas as probabilidades, após dezenove séculos? Nenhuma nação ou povo antigo que tenha sido disperso, como foi Israel por duas diásporas, ou chegado à beira da extinção, conseguiu renascer mais tarde com a mesma força e vigor de outrora, incluindo o ressurgimento da língua falada, como é o caso do hebraico moderno.
O assassinato de milhares de judeus
A Teologia da Substituição é a principal responsável por grande parte do ódio dirigido aos judeus ao longo dos séculos, gerando feridas profundas e danos irreversíveis como ocorreu com as Cruzadas. Esses movimentos por combatentes que se nomeavam "soldados de Cristo", ocorridos entre os séculos XI e XIII, da Europa para à Terra Santa, buscavam dominar está à força, matando, em seu percurso, milhares de judeus.
Espetáculo sinistro e dantesco
Os tentáculos dessa infame teologia também são vistos na tenebrosa Inquisição que visava combater as heresias praticadas em sua grande parte por judeus. Entre os séculos XIII e XIX, levou dezenas de milhares à incineração em praças públicas, incluindo bebês e idosos, onde as vítimas eram queimadas vivas em ato de máxima penitência -- um espetáculo sinistro e dantesco. E seus algozes cuidavam estar prestando um serviço a Deus!
Sementes de ódio
Em pleno século XX, as sementes de ódio da Teologia da Substituição prosseguiram dando seus malditos frutos no episódio mais bárbaro e hediondo da História, em que o pecado mortal de nascer judeu acarretou o genocídio de seis milhões de pessoas, das quais um milhão e meio eram crianças. Infelizmente, em nosso presente século, essa teologia continua a infectar muitas mentes mundo afora.
*Getúlio A. Cidade é tradutor, pesquisador, estudioso do hebraico e autor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo.
GUIAME, GETÚLIO CIDADE
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