Sobrevivente do Holocausto falava sobre Jesus no campo de concentração.
Sobrevivente do Holocausto falava sobre Jesus no campo de concentração
Grupo no WhatsApp | A judia Anita Dittman conheceu Jesus aos 7 anos e foi levada aos campos de concentração. Lá, ela conheceu outros que seguiam Cristo.
A vida de Anita Dittman começou a mudar aos 6 anos de idade, quando Adolf Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha em 1933. A propaganda nazista já havia tomado conta do país e o antissemitismo foi amplamente disseminado.
Anita é filha de mãe judia e pai alemão. Embora tenha sido criada como ateia, o regime nazista não se importava com a crença religiosa. “Você tinha que ser registrado como judeu ou ariano”, ela disse à CBN News.
A perseguição começou começou na escola. “Os meninos arianos jogavam esterco de cachorro e de cavalo em mim, e as meninas vinham, me batiam e me chamavam de 'pirralha judia'”, relata.
Temendo a repercussão dos nazistas, o pai de Anita se divorciou de sua mãe e abandonou a família. Logo depois, a Gestapo (polícia secreta da Alemanha Nazista) foi até sua casa e levou Anita, sua mãe e sua irmã mais velha para os guetos — bairros onde os alemães concentravam a população judaica e a obrigava a viver em condições miseráveis.
Foi lá que Anita conheceu uma família alemã da classe trabalhadora, que não foi contaminada pelo ódio de Hitler ao povo judeu. “Eles disseram um dia: 'Você gostaria de vir à igreja conosco?' Eu disse: 'Sim, eu nunca estive em uma igreja'”, conta Anita.
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“Tinha uns vitrais lindos e grandes que mostravam o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Eu fiquei olhando para Ele. Eu fiquei maravilhada. Algo aconteceu comigo. Cristo entrou na minha vida, no meu coração e na minha alma. Eu tinha uma paz dentro de mim que eu não conhecia antes e senti uma segurança”, declara Anita.
Levando Jesus à família
Para a mãe e a irmã de Anita, Jesus não passava de uma fantasia. Mas Anita estava cheia de convicção e, no dia seguinte, contou aos amigos a reação de sua família. “Comecei a chorar e disse: 'O que posso fazer para elas acreditarem em mim?' E eles disseram: 'Não faz nada. Entregue elas ao Senhor, Ele vai fazer a obra. Só ama a sua mãe, ama sua irmã, e quando elas virem a sua felicidade, mesmo no meio de todas as coisas horríveis que estão acontecendo, o Senhor Jesus fará o que Ele quer.'”
Três anos depois, em 1937, Anita começou a frequentar a escola de uma igreja luterana que ainda estava aberta a crianças judias. Um dia, o pastor visitou sua casa.
“Ele trouxe uma Bíblia para cada uma de nós”, Anita compartilhou. “E ele disse: 'Ficaríamos muito felizes em receber vocês em nossa igreja'. E minha mãe disse: 'Você não está se arriscando? Você pode ser preso. Mas ele disse: 'Como posso não estar interessado em ajudar o povo de Deus?'”
A mãe de Anita começou a frequentar a igreja e acabou entregando sua vida a Cristo. Enquanto isso, o pastor tentava conseguir vistos para que as três pudessem fugir do país. Mas só sua irmã conseguiu, e ela fugiu para a Inglaterra.
Sofrimento nos campos de concentração
Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia. Com as fronteiras fechadas e fortemente vigiadas, Anita e sua mãe ficaram presas.
“Em seguida, os nazistas lançam uma campanha sistemática de assédio, perseguição e até assassinato. Eles queimaram todas as sinagogas”, Anita descreveu. “Eles demoliram todas as fachadas das lojas judaicas. Eles arrastaram os idosos pelas barbas para fora de suas casas, os colocaram em vagões da polícia e os enviaram sabe-se lá para onde.”
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Aos 15 anos, Anita foi banida da escola e forçada a trabalhos pesados ao lado de sua mãe. Durante anos, elas viveram com medo constante enquanto a Gestapo levava seus familiares e amigos um a um. Então, em 7 de janeiro de 1944, eles vieram buscar sua mãe.
“Eu não sabia a princípio para onde a levaram, e depois descobri que era o acampamento Theresienstadt na Tchecoslováquia, um acampamento muito ruim”, lembra Anita.
Sete meses depois, Anita foi enviada para o campo de concentração de Barthold, onde horas por dia, ela cavou valas profundas o suficiente para prender tanques russos. Ela acabou desenvolvendo sepse devido a bolhas não tratadas em seu pé.
“Eu não ousava deixar eles saberem que eu estava mancando, porque eles diziam: 'Se você acha que não está apto para o trabalho, vamos atirar em você aqui mesmo ou então te espancar até a morte.' E eu disse: 'Senhor, me mantenha forte'”.
Jesus presente no Holocausto
Lá, Anita também conheceu outros que amavam Jesus. “Quando estávamos cavando valas, não tínhamos permissão para falar um com o outro, mas quando os guardas não estavam olhando, aqueles de nós que amavam o Senhor, não podíamos deixar de falar sobre isso. Sentávamos e ensaiamos versículos, especialmente Romanos 8:28: ‘Todas as coisas cooperam para o bem'. E pedimos ao Senhor que se Ele quer que a gente viva, por favor, nos ajude a escapar. E eu te falo, entregue para o Senhor, Ele elaborou um plano fantástico.”
Em janeiro de 1945, as forças de Hitler entraram em retirada quando a União Soviética se aproximou da Alemanha. Anita e outras quatro meninas foram colocadas em uma carroça para serem transferidas para outro acampamento.
Usando cigarros e alguns trocados que Anita mantinha escondidos, elas pagaram um motorista, um prisioneiro de guerra polonês, para levá-las à estação de trem mais próxima. Um trem, cercado por soldados alemães, estava prestes a partir. Em um movimento ousado, Anita se aproximou de um dos homens, alegando que as meninas eram aldeãs locais fugindo dos russos.
Elas desceram em Bautzen, na Alemanha, onde Anita procurou tratamento médico para sua perna, que agora estava gravemente infectada. Ela ainda estava se recuperando no hospital quando soldados russos tomaram a cidade, em 21 de abril de 1945. Poucos dias depois, a guerra na Alemanha terminou.
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Reencontro milagroso
Após receber alta do hospital, Anita passou as cinco semanas seguintes pegando carona pela Tchecoslováquia devastada pela guerra. Então, na manhã de 7 de junho, ela chegou ao acampamento onde sua mãe estava detida e finalmente se reuniu com sua mãe.
“Primeiro nós não dissemos nada, estávamos tão atordoadas. Então finalmente nos abraçamos e louvamos ao Senhor e eu chorei – mais um dos milagres de Deus. Foi tão incrível o que Deus fez!”, celebra Anita.
Um ano depois, Anita e sua mãe imigraram para os Estados Unidos e fizeram uma nova vida em Minnesota. Agora como bisavó, ela compartilha sua história de como sobreviveu ao holocausto – um milagre que ela credita a Jesus, que ela conheceu quando tinha apenas 7 anos de idade.
“Ele disse: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam, pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’. É preciso esse tipo de fé. Eu tenho um Deus maravilhoso. Eu não sou incrível, Ele é”, finalizou.
Veja a história completa (em inglês):
GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS.
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