Sem precisar de cotas, brasileiro tataraneto de escrava é aprovado na Duke University nos Estados Unidos
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Aos 18 anos de idade, o jovem quilombola foi aprovado na Duke University, localizada na Carolina do Norte.
O estudante João Pedro Haufes é natural da Comunidade Tia Eva, em Campo Grande (MS). Uma comunidade urbana remanescente de quilombo desde 1905 e reconhecida pela Fundação Cultural Palmares.
Aos 18 anos de idade, o jovem quilombola foi aprovado na Duke University, localizada na Carolina do Norte, Estados Unidos, e tem o embarque previsto para as terras do Tio Sam, no mês de agosto deste ano para cursar ciências da computação e linguística.
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A mãe de João Pedro é cabelereira e o pai é professor e sempre valorizaram a educação dos filhos. “A nossa comunidade está inserida no espaço urbano, com isso fui matriculado em uma escola particular daqui da região”, conta. “Eu sempre me dediquei bastante aos estudos, meus colegas de classe sempre reconheceram os meus esforços e participei de competições de conhecimento durante a escola — conquistei o segundo lugar nas Olimpíadas de Língua Portuguesa”, conta.
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O interesse em estudar no exterior veio com a vontade de promover mudanças tanto na sociedade, como em sua comunidade. “Sempre quis transformar de forma positiva e contribuir com o lugar de onde eu vim.”
Aprender novos idiomas e linguagem de programação são os desafios gratificantes para João Pedro. Assim, ele desenvolveu uma pesquisa própria sobre aquisição de linguagem e desenvolveu um site para preservar a história e cultura de sua comunidade.
Orgulho das origens
Foi durante os estudos no Instituto Federal em 2019 no Mato Grosso do Sul, que o jovem teve o despertar sobre as suas origens. “Eu estava esperando o ônibus e no letreiro do veículo estava escrito: parabéns Tia Eva pelos 100 anos de história e tradição”, lembra. A Tia Eva é a tataravó de João Pedro.
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O estudante começou a fazer pesquisas sobre a história da comunidade e assim descobriu o elo familiar. Segundo ele, a Tia Eva foi uma escrava e realizou diversos trabalhos como parteira, cozinheira, entre outras atividades e se tornou referência na comunidade.
Jefferson Couto, orientador do Education USA na Casa Thomas Jefferson, explica que a exposição à educação internacional promove um grande desenvolvimento em diferentes aspectos da formação do indivíduo, tanto acadêmicos, quanto socioculturais. “O diploma obtido em uma instituição americana se torna um grande diferencial quando consideramos não apenas a qualidade do ensino recebido, ou a tecnologia e recursos de ponta que são disponibilizados aos alunos”, esclarece. “Mas as experiências, as oportunidades de desenvolvimento profissional nas áreas de formação, a qualidade e formação dos professores, e claro, o valor das relações e conexões estabelecidas”, complementa.
Ainda de acordo com Couto, aos estudantes que queiram ingressar em uma instituição de ensino estrangeira é necessário um nível de conhecimento no idioma do país escolhido que permita aos candidatos lidar com determinadas situações relacionadas ao ambiente acadêmico. “Geralmente as próprias universidades estabelecem qual o nível de inglês exigido para a admissão, de forma que a assegurar que os candidatos, sendo admitidos naquela instituição, serão capazes de atender as expectativas da instituição ou do programa, sem dificuldade”, esclarece.
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Para o especialista, em geral, alunos bem sucedidos em suas candidaturas às universidades americanas são alunos que escolhem as instituições a que vão se candidatar considerando opções compatíveis em termos acadêmicos, financeiros e sociais. “Mas, não tenha dúvidas, características como liderança, relevância, impacto na comunidade em que se encontram inseridos, e alto desempenho acadêmico, são diferenciais competitivos em qualquer processo de seleção”, finaliza.
Para quem sonha em estudar em uma universidade norte-americana do dia 4 a 9 de abril, ocorre a Feira Virtual EducationUSA Brasil 2022. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pela internet.
Portal R7
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