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SALA DE IMPRENSA: O impacto positivo produzido pelo trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde durante a Pandemia.

  Com parte da equipe da UBS Jardim Sapopemba. Da esquerda para a direita: Eunice, Ana Carolina, Liamar, Kailaine, Andrea, Elaine, Vanessa, Patrícia e Claudenice.   —  Foto/Reprodução.

SALA DE IMPRENSA: O impacto positivo produzido pelo trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde durante a Pandemia.
Publicado no Conexão Notícia em 07.setembro.2021.  

Agentes de Saúde | A relevância do trabalho prestado pelos Agentes Comunitários de Saúde é inqualificável, contudo, é possível descrevermos em uma história a singularidade da importância dele. Você topa fazer essa viagem com a gente? Então, vamos juntos!

Vamos contar a história de Eunice, uma ACS que descreve a importância de exercer a vocação de cuidar das pessoas.

Há 19 anos na UBS Jardim Sapopemba, ela conta mais sobre o seu trabalho e a atuação do SUS na capital paulista

Desde o início da pandemia de Covid-19, os agentes comunitários de saúde (ACSs) têm tido uma importância ainda maior na vida das pessoas atendidas em cada região da cidade. Seja nas ações educativas nos bairros, que já abordaram mais de sete milhões de moradores na capital para falar de cuidados que ajudam a evitar o contágio pelo coronavírus, com a distribuição de máscaras e álcool em gel, ou nas ações de voluntariado, como as do Cidade Solidária, da prefeitura, esses profissionais têm feito a diferença no combate à pandemia.


Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Sapopemba, a agente Eunice Aparecida Carvalho dos Santos, 56 anos, integra esse time com orgulho há 19 anos. O trabalho na UBS foi uma oportunidade única, segundo Eunice, que até hoje agradece uma vizinha por tê-la convencido a prestarem juntas o processo seletivo para a saúde municipal. “No fim, me encontrei na profissão. Era para ser mesmo porque a minha vizinha acabou nem se apresentando para a vaga que conquistou”, constata.

Para ela, o SUS ofereceu a chance de exercer a generosidade e a vocação para cuidar das pessoas. Como todo ACS, ela faz visitas domiciliares aos munícipes que moram perto da UBS para cadastrá-los para o atendimento na unidade. Dessa forma, as equipes podem atuar com a promoção da saúde e na prevenção de doenças conhecendo o histórico de todos que vivem naquela residência e que subsidia a Estratégia de Saúde da Família (ESF), do Sistema Único de Saúde (SUS). Com esse cadastro, a agente prepara o cartão da família e passa a visitá-la mensalmente ou conforme a necessidade. “Falamos das doenças como a dengue e a Covid-19, sobre a importância de exames preventivos como o papanicolau e explicamos para as pessoas o funcionamento dos serviços na UBS”, relata.

A rotina de visitas às casas segue o protocolo de segurança: distanciamento, uso de máscaras e de álcool em gel. “Eu tenho ficado mais na UBS, ajudo lá, mas quando vou até uma casa, falamos do portão, da garagem, para não entrar nas casas das pessoas nesse momento em que estamos”, diz. No auge da pandemia, ela encontrou uma forma de continuar ajudando a comunidade e chegou a arrecadar doações de alimentos para quem precisava. Por essa e outras ações, foi um dos funcionários da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) homenageados no Prêmio Cidade de São Paulo, em abril deste ano.

Campanha de vacinação antiCovid
Os agentes comunitários de saúde também têm tido papel crucial na campanha de vacinação antiCovid na capital. Eles reforçam à população a importância de todos se imunizarem e atuam na busca ativa dos faltosos para receber a segunda dose e completar o esquema vacinal, além de esclarecerem dúvidas sobre o assunto com base nas orientações que recebem das chefias nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs).


Um caso que marcou a agente nesse período de pandemia foi o de uma mulher que, infectada pelo coronavírus, passou a ser monitorada pela UBS Sapopemba. Como a doença na paciente evoluiu para a internação, o filho dela, de cinco anos de idade, com quem morava, não teria como ficar sozinho. A agente logo quis se prontificar a cuidar do menino, mas como a sua função não permitiria tal gesto, ajudou a família fazendo a interlocução com uma vizinha, que acolheu o garoto até a alta da mãe. Deu tudo certo, a paciente voltou para casa e para o filho após 20 dias, curada da Covid-19.

Eunice aprendeu a importância da empatia e da solidariedade na prática, com as adversidades que ela e os familiares enfrentaram. Nascida na cidade de Três Fronteiras, no interior de São Paulo, ela se mudou para a capital com a família aos seis anos de idade. Quando chegaram, só dois dos cinco irmãos dela trabalhavam. O pai tinha problemas no coração e não estava conseguindo um emprego, então passou a vender materiais recicláveis que coletava na rua. A situação financeira difícil fez com que a menina fosse logo ajudar o pai, puxando o carrinho e catando papelão aos oito anos. “Meus irmãos se casaram e foram embora, a minha mãe ajudava meu pai também. Com dez anos, comecei a trabalhar em casa de família”, conta.

Casada há 35 anos com Alcebíades, que conheceu já trabalhando em um mercado, Eunice é mãe de quatro mulheres. Michelle e Kelly são filhas biológicas do casal. Denise e Daniela foram adotadas por eles após perderem precocemente a mãe e terem passado por uma situação de violência quando estiveram sob os cuidados de uma tia, que Eunice conhecia. Até os cinco anos, as meninas ficaram com o pai, que voltou pra Bahia e faleceu algum tempo depois. “Foi muito difícil para elas passarem por tudo isso. Eu não tinha escolha, tinha que cuidar delas. Minha vida sempre foi muito difícil, mas eu recebi amor. O meu sofrimento me fez querer ajudar as pessoas e eu dedico meu trabalho como agente de saúde a isso.”

Prefeitura de São Paulo
Foto: Arquivo Pessoal
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2 mil Agentes Populares de Saúde passam por formação de multiplicadores para atuar nas comunidades do Brasil

  Os Agentes Populares de Saúde já estão presentes em vários estados brasileiros. No destaque, Campanha Mãos Solidárias em Pernambuco.   —  Foto/Reprodução.

Paulette Cavalcanti, pesquisadora do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz e uma das coordenadoras do Projeto Mãos Solidárias/Periferia Viva, explica sobre as etapas do curso, que recentemente ganhou versão online, disponibilizada pela plataforma da FioCruz. Ela conta que no primeiro momento da formação são explicadas quais as características biológicas do Coronavírus, seguido de orientações e práticas pedagógicas como oficinas, cadastramento e mapeamento comunitário, serviços e direitos. 



Incentivo Financeiro destinado aos ACS/ACE poderá chegar à R$ 589 milhões

  Pagamento da parcela extra de final de ano deverá bater um recorde nesse ano, o que irá beneficia aos Agentes de Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias dos mais diversos recantos do país.   —  Foto/Reprodução.

Focar na garantia do pagamento da parcela extra do FNS - Fundo Nacional de Saúde é ampliar as possibilidades de garantia do pagamento desse recurso. 

Faltando pouco mais de dois meses para o repasse do Incentivo Financeiro Adicional, em vários municípios de todo o país, as lideranças se mobilizam para garantir o pagamento da parcela extra de final de ano, garantida pelo FNS.

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Melhorias para os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias do Brasil

  Articulações em Brasília visam garantir a aprovação da PEC 22 e da PEC 14. A união e articulação nacional da categoria poderá produzir os resultados esperados.   —  Foto/Reprodução.

A Câmara dos Deputados analisa duas propostas de emenda à Constituição que beneficiam os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, no caso, a PEC 22/11 e PEC 14/21). Vários deputado defendem a aprovação das propostas.
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