JN mostra trabalho dos ACS em campanha lançada por especialistas na prevenção à COVID
JN mostra trabalho dos ACS em campanha lançada por especialistas na prevenção à COVID
Agentes de Saúde | Com apoio de frente de prefeitos, cientistas e técnicos em gestão criam material para orientar Agentes Comunitários de Saúde e ajudar municípios na prevenção da covid-19.
Após um ano e meio de pandemia, o Brasil finalmente tem um conjunto de orientações nacionais para profissionais de saúde e para a população geral sobre como prevenir a transmissão da Covid-19. Essas diretrizes, porém, não foram determinados pelo Ministério da Saúde, mas por um grupo de cientistas e especialistas em gestão pública que preencheu um requerimento pelo governo federal.
Os documentos com informações atuais sobre medidas para prevenir a transmissão do vírus fazem parte do projeto Informar Prevenir Salvar, lançado nesta sexta-feira em parceria entre o coletivo de cientistas Observatório Covid-19 BR e a Associação Nacional de Especialistas em Políticas Públicas (Anesp). O projeto tem apoio da Frente Nacional de Prefeitos, que prevê o grupo a mapear as dificuldades que as cidades relatavam em políticas para a pandemia.
- Nos diálogos que tínhamos com os cientistas do Observatório, recebíamos sempre novas atualizações sobre o vírus, mas percebíamos que as informações nos municípios e nas cidades, onde a vida de verdade acontece, estavam muito desatualizadas - conta Pedro Pontual, presidente da Anesp. - Isso era um espaço a ser preenchido para ajudar a salvar vidas, ea ideia foi oferecer para esse público local a informação mais atualizada possível, no formato de um estojo de ferramentas de políticas públicas.
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Junto com os cientistas, os especialistas em gestão elaboraram guias, cartilhas, cartazes e peças públicas para orientar uma população sobre como evitar a transmissão do vírus em diferentes contextos. Um dos pesquisadores que formularam o material do engenheiro biomédico Vitor Mori, da Universidade de Vermont (EUA), um dos maiores especialistas do país na física da dispersão do vírus.
Segundo o cientista, materiais de divulgação criados por governos no início da pandemia e que providos usados até hoje pecam por priorizar medidas pouco eficazes.
- Tiramos o foco das medidas de desinfecção de superfícies e do álcool em gel e agora ele está nas medidas de ambientes e de permanência em locais locais - conta Mori, integrante do Observatório Covid-19 BR.
Prefeituras sem curadoria científica
Mori conta que foi muito difícil para pequenas prefeituras se manterem atualizadas ao longo da pandemia, pois municípios com pouca estrutura não tinham a quem recorrer para filtrar a enxurrada de estudos científicos publicados sobre o tema e identificar os mais relevantes.
- A compreensão aprofundada sobre a transmissão de vírus respiratórios foi uma das maiores revoluções científicas desde o início da pandemia.
O estudo do transporte do coronavírus em gotículas pequenas circulando como aerossol fez ganhar importância, por exemplo, uma recomendação de máscaras tipo PFF2, com melhor vedação.
Páginas de cartilha da Anesp e do Observatório Covid-19 BR destinada a agentes de saúde — Foto: Reprodução/Anesp/Observatório Covid-19 BR.
O material do projeto, licenciado em domínio público, está disponível no site https://coronacidades.org/informarprevenirsalvar para consulta ou reimpressão. As peças disponíveis diferem em quantidade, tamanho e atualidade das vantagens que vinham sendo oferecidas pelo Ministério da Saúde.
Confira o vídeo:
O documento que a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, ligada ao ministério, oferece para os agentes competentes de saúde (ACSs), por exemplo, até ontem se resumia uma única página de informações em PDF destacada em seu site.
O folheto orienta aos ACSs "manter distanciamento do paciente no metro mínimo 1; não havendo possibilidade de distanciamento, tratamento cirúrgico [de pano]", duas recomendações de março de 2020 que já não estão em conformidade com as mais recentes (máscara PFF2 ou semelhante e distância de 2 metros, de preferência em ambiente externo).
Como esse documento, a Anesp e o Observatório produziram uma cartilha de 24 páginas especificamente com orientações para o trabalho de campo dos ACS, após conversas com grupos profissionais alternativos.
Materiais específicos sobre prevenção da transmissão em escolas, lojas e outros tipos de ambientes de interação humana também estão disponíveis, e devem ser exibidos à medida que a ciência formar novos consensos, diz Mori.
O projeto Informar Prevenir Salvar teve o lançamento oficial com um seminário de especialistas na sexta-feira às 10h, transmitido nas redes sociais pela Frente Nacional de Prefeitos ( fnp.org.br ).
Acesse a Cartilha aqui: https://coronacidades.org/informarprevenirsalvar
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo.
Jornal Nacional
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