PF tem evidências que podem confirmar delação de Sérgio Cabral contra Toffoli
PF tem evidências que podem confirmar delação de Sérgio Cabral contra Toffoli
Brasil | A Polícia Federal (PF) informou na quinta-feira (20) que possui evidências que podem confirmar a delação do ex-governador Sérgio Cabral contra o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para corroborar a delação, a PF utilizou e-mails, agendas, anotações e decisões como indícios contra Toffoli.
O ex-governador do Rio de Janeiro, em delação, apontou que o magistrado da Suprema Corte recebeu R$ 3 milhões para mudar seu voto e mais de R$ 1 milhão para conceder uma liminar para dois prefeitos da cidade.
Os agentes da Polícia Federal enxergam nas evidências encontradas possíveis indícios da relação de Cabral com o ex-policial José Luiz Solheiro, que teria atuado como intermediário de Toffoli e da sua esposa, a advogada Roberta Rangel.
Dentre os documentos que a PF aponta corroborarem com a versão de Cabral, encontram-se e-mails, agendas com encontros entre os envolvidos na suposta negociação, mensagens por aplicativos e anotações do ex-governador do RJ.
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“Na esteira dos elementos preliminares existentes, pode-se afirmar, em tese, que Dias Toffoli constituiu um grupo dedicado a ‘venda’ de decisões judiciais, atuante pelo menos entre 2014 e 2015, formado pela sua esposa Roberta Rangel, pelo advogado Daniane Furtado e por José Luiz Solheiro, o qual foi responsável por evitar as cassações de Antônio Francisco Neto, bem como de Graça Motta, mediante a solicitação e o recebimento de vantagens indevidas nos valores de R$ 3 milhões e R$ 1 milhão”, concluiu a PF com base na investigação preliminar.
Toda a documentação comprobatória das evidências foi anexada ao material encaminhado à Suprema Corte, que julgará o recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra a validade da delação de Cabral com a PF. O julgamento no STF começa nesta sexta-feira (21).
Dias Toffoli continua declarando desconhecer os fatos mencionados e que jamais recebeu qualquer valor ilegal.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Brehnno Galgane, Terça Livre
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