Último Pracinha de Campinas morre aos 101 anos
Último Pracinha de Campinas morre aos 101 anos
Brasil | Justino Alfredo era o último veterano vivo da Força Expedicionária Brasileira nascido em Campinas; ele foi combatente da 2ª Guerra Mundial.
O ex-combatente da 2ª Guerra Mundial, Justino Alfredo, morreu na segunda-feira (12), aos 101 anos. Ele era o último pracinha vivo em Campinas e chegou a receber uma homenagem em 2019, quando completou 100 anos.
Justino estava internado há uma semana no Hospital Vera Cruz e morreu na manhã de hoje. Ele foi vítima de complicações renais.
Justino Alfredo era o último veterano vivo da Força Expedicionária Brasileira nascido em Campinas. Entre os anos de 1908 a 1945 Campinas teve um grupo de Tiro de Guerra, o TG 176, que formava reservistas. Eles ficavam em prontidão para treinamentos durante a 1ª Guerra Mundial, e tiveram também participação nas Revoluções de 1924, 30, 32 e na 2ª Guerra Mundial. Ao todo 328 Pracinhas foram enviados para lutar na Itália em diversas unidades Militares.
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Justino nasceu em Campinas, em 24 de setembro de 1919 e teve seu treinamento militar inicial no Tiro de Guerra 176, no ano de 1940. Em 1942, aos 23 anos de idade, foi convocado para reincorporação no 6º Regimento de Infantaria, em Caçapava para realizar o treinamento e seguir para a Itália com integrante da Força Expedicionária Brasileira. Embarcou para Itália com seus colegas em julho de 1943, integrando o 1° escalão da Força Expedicionária Brasileira.
Atuou em setembro de 1944 em libertação da Cidade de Massarosa, participando de todas as batalhas da 1° Divisão de Infantaria Expedicionária: Camaiore, Monte Prano, Porreta Terme, Castelnuovo, Montese, Monte Castelo, Zocca, e em Fornovo di Taro, que culminou com a rendição de duas divisões de Infantaria alemãs, uma italiana, armas, veículos, equipamentos, e mais de 14 mil soldados e oficiais.
Foto: Luciano Claudino
A Cidade ON Campinas
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Tenente da FEB - Força Expedicionária Brasileira, Justino Alfredo, veterano do 6º RI - Regimento de Infantaria. — Foto/Reprodução.
O pracinha Justino Alfredo, que venceu o frio europeu
O Tenente da FEB - Força Expedicionária Brasileira, Justino Alfredo, veterano do 6º RI - Regimento de Infantaria e um dos protagonistas do documentário relacionado aos episódios da guerra, é um dos últimos representantes do regimento em Campinas. Foi vitimado pelo congelamento das pernas — que por pouco não lhe foram amputadas — durante o inverno de 1944-45.
Justino ficou em um hospital de campanha por 30 dias, depois foi evacuado para o Brasil e internado no Hospital Central do Exército.
Disseram que o clima quente iria melhorar sua saúde. Todavia, ao contrario do que imaginava, suas pernas ainda continuaram sem vida e “ninguém olhava por nós, só uma irmã, que rezava o tempo todo”, relembrou.
Como tantos, sofreu durante longos anos com as vicissitudes da guerra no corpo e na mente, mas as superou. O bravo pracinha ainda conserva os detalhes da campanha nítidos em sua memória, e os repassa com gentileza aos interessados que o visitam.
O Tenente da FEB Justino realizou o serviço militar inicial no Tiro de Guerra de Campinas em 1940. Em 1942, aos 23 anos de idade, foi convocado para integrar o 6º Regimento de Infantaria, no 1º escalão da Força Expedicionária Brasileira, que lutou nos campos de batalha italianos. Teve seu batismo de fogo em 16 de setembro de 1944, por ocasião da libertação de Massarosa, participando de todas as ações do Regimento Ipiranga até o final da Guerra.
Completou nesse ano 101 anos de idade, e é o último veterano da FEB, nascido em Campinas. Ele era casado com a senhora Olete Vanny Alfredo há 74 anos, com a qual teve quatro filhos, nove netos, seis bisnetos e uma tataraneta.
Taiadaweb
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