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Covid-19: 1/3 dos médicos acredita na cloroquina como tratamento precoce

  34,7% dos  médicos entrevistados acreditam que a cloroquina é eficaz como prevenção contra a Covid-19—  Foto/Reprodução.

Covid-19: 1/3 dos médicos acredita na cloroquina como tratamento precoce
Publicado no Conexão Notícia em 25.fev.2021.  

Brasil Em um levantamento feito online com 3.882 médicos sobre questões como situação dos locais de trabalho e saúde mental, a Associação Médica Brasileira (AMB) descobriu que 1/3 dos entrevistados acredita em alguma forma de “tratamento precoce” contra a Covid-19 – cuja ineficácia já foi comprovada.

Os dados indicam que 34,7% dos entrevistados acreditam que a cloroquina é eficaz como prevenção contra a doença, enquanto 41,4% veem o mesmo potencial na ivermectina.

Atualmente, os medicamentos são oferecidos para pacientes em algumas redes públicas, como no Amazonas – além de já ter sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo a entidade, essa falta de consenso sobre o assunto é o que acaba gerando ainda mais confusões.

Mesmo assim, segundo César Eduardo Fernandes, presidente da AMB:

Mais de 60% acreditam que a cloroquina é ineficaz, mas alguns ainda acreditam que é para prevenção (pesquisas científicas também já comprovaram que não há benefício no uso desses remédios para evitar a infecção pela Covid). Hoje, os estudos controlados, que têm validade para atestar a eficácia, apontam que esses medicamentos não atenuam e não reduzem mortalidade.

Além disso, Fernandes afirma que os medicamentos citados “não são isentos de efeitos colaterais, que podem ser graves”. Isso porque – com esses remédios em específico – alguns pacientes podem apresentar tontura, alterações gastrointestinais e aumento da pressão arterial.


A questão de alguns médicos ainda acreditarem na eficácia do “tratamento precoce”, segundo Fernandes, ainda está ligada à falta de uma diretriz unificada sobre a adoção desses remédios. 

Eles recomendam pela falta de fala uníssona das autoridades públicas e privadas, afirma.

Questionário online
Médicos do Brasil todo responderam ao questionário de forma online entre dezembro e janeiro. De todos os entrevistados, 54% estão atualmente atuando na linha de frente de combate à doença. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.

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