Prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela, morre vítima da covid-19
Prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela, morre vítima da covid-19
Agentes de Saúde | O político estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de outubro e lutava contra as sequelas da covid-19.
O prefeito licenciado de Goiânia (GO), Maguito Vilela (MDB), morreu nesta quarta-feira (13/1), aos 71 anos. O político estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 27 de outubro de 2020. Ele lutava contra uma infecção pulmonar grave, consequência da covid-19.
Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação, "a família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal".
Maguito venceu as eleições municipais mesmo afastado da campanha eleitoral por mais de um mês. O vice-prefeito eleito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), deve assumir o cargo.
Covid-19
Maguito Vilela testou positivo para coronavírus no dia 20 de outubro. Ele ficou internado na UTI do Hospital Órion por seis dias, mas precisou ser transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com 75% dos pulmões comprometidos. Ele foi intubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de oxigênio.
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No dia 24 de novembro, Maguito passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste em abrir um pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na respiração. Nove dias depois, em 3 de dezembro, o político testou negativo para covid-19, mas precisou continuar internado por causa do procedimento e das consequências trazidas pela doença.
Na época, o filho de Maguito, Daniel Vilela, escreveu no Twitter que "temos muita fé de que ele vai sair desta". O político estava apresentando melhora e os médicos decidiram diminuir a quantidade de sedativos. No entanto, em 11 de dezembro, Maguito apresentou uma recaída e chegou a ser submetido a uma cirurgia para controlar um sangramento pulmonar.
Maguito perdeu duas irmãs para a covid-19 em agosto do ano passado. Ele deixa quatro filhos: Vanessa, Daniel, Maria Beatriz e Miguel; e uma enteada: Anna Liz.
Repercussão
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), decretou luto oficial de três dias no estado por causa da morte de Maguito Vilela.
Em nota, Caiado disse que o político:
Realçou a prática da boa política. Ganhou e perdeu sempre com dignidade e em respeito às regras democráticas. Superou os momentos de maior adversidade mantendo o equilíbrio ao ocupar os cargos com destaque e ao priorizar ações em benefício do povo que governou. Enfrentou a doença com todas as forças e vontade de viver e continuar servindo a população de seu Estado. Foi abatido por esse terrível vírus que vem causando um vazio em famílias em todo o mundo. E, agora, essa doença que tirou a vida de mais de 7 mil goianos entristece mais uma.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, também decretou luto de três dias na Casa. Em suas redes sociais, Maia disse que Maguito era “um dos líderes mais experientes que já tive a chance de conhecer”.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, também lamentou a morte.
O prefeito estava há dois meses nessa luta. Eu conhecia o Maguito, ele foi soldado do Batalhão da Guarda Presidencial no final da década de 60. Era uma liderança expressiva aqui no estado de Goiás e também de nível nacional era muito conhecido. Eu lamento profundamente o falecimento dele.
Carreira política
Além de político, Maguito Vilela também foi advogado. Nascido em Jataí, ele foi casado duas vezes antes da atual companheira, Flávia Teles, com quem vivia desde 2013.
Com atuação expressiva no estado de Goiás, Maguito foi vereador, deputado estadual e federal e vice-governador do estado. Também foi governador de Goiás entre 1995 a 1998, quando disputou e ganhou a eleição para senador. Por duas vezes, em em 2008 e 2012, ele foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana.
Em 2007, foi nomeado por Guido Mantega, então ministro da Fazenda, como vice-presidente do Banco do Brasil.
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