As contradições sobre as pesquisas envolvendo a aprovação das urnas eletrônicas
As contradições sobre as pesquisas envolvendo a aprovação das urnas eletrônicas
STF | O "fenômeno das mutações" das pesquisas: "Em agosto, 92% dos brasileiros não confiavam na urna eletrônica, em outubro o número cai para 54%. Em pesquisa realizada em dezembro, caiu para 23%, segundo o DataFolha.
Em agosto de 2018, a Avast revelou após uma pesquisa, que 91,84% dos brasileiros não têm confiança na urna eletrônica utilizada durante as eleições. Segundo a pesquisa, a principal preocupação é de que o sistema possa ser violado.
Entre o total de participantes da pesquisa, 94,3% acreditam que vazamentos de dados de candidatos/ou partidos políticos podem impactar a opinião pública e até o resultado eleitoral. A conta sobre para 96,15% quando falamos sobre preocupação com o fato de políticos serem alvos de cibercriminosos.
Vale relembrar que na campanha eleitoral de 2016 realizada nos Estados Unidos, um grande vazamento de dados do Partido Democrata pode ter afetado a campanha de sua candidata, Hillary Clinton, que perdeu a presidência para Donald Trump.
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Outros números da pesquisa são os seguintes:
93,54% afirmaram que vão às urnas neste ano
79,42% têm grande interesse nas questões políticas do país
55,37% já sabem em quais candidatos vão votar
44,63% devem decidir apenas mais perto da eleição
10,54% não se manifestaram a respeito
10,03% não estão interessados no assunto.
Na ocasião, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em nota, afirma que corrige todas as brechas descobertas por pesquisadores independentes. O problema disso é o tempo: os pesquisadores não possuem tempo suficiente para elaborarem os possíveis ataques em sua completude.
Época
Sob o título: "Mais da metade dos brasileiros não confia nas urnas eletrônicas, aponta pesquisa," a Época em 1º de outubro de 2020 publicou que mais da metade (54%) dos brasileiros afirma não confiar nas urnas eletrônicas, segundo uma pesquisa da empresa Quaest. Os que confiam são 46%.
A matéria continua:
A desconfiança é maior entre quem votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018: 58% não acreditam na segurança dos aparelhos, contra 44% entre os eleitores de Fernando Haddad.Em relação ao campo ideológico, duvidam mais os que se identificam como de centro (57%), contra 55% da direita e 42% da esquerda.Os evangélicos também são mais ressabiados: 59% dizem desconfiar, contra 56% entre adeptos de outras religiões, 55% entre quem não possui religião e 49% entre católicos.
No último dia 02, sob o título: "Urna eletrônica tem apoio de 3 em cada 4 brasileiros, mostra Datafolha," a Folha de S.Paulo publicou que para 73% dos brasileiros, o sistema de voto em urna eletrônica deve ser mantido no país, de acordo com pesquisa Datafolha realizada de 8 a 10 de dezembro. A matéria afirma que apenas para 23%, o voto em papel, abandonado nos anos 1990, deveria voltar a ser usado, e 4% responderam não saber.
A matéria prossegue, afirmando:
O questionamento a respeito da segurança das urnas se intensificou após a eleição presidencial de 2014 e ganhou maior proporção a partir do pleito de 2018. Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insinua haver fraudes e coloca o modelo em xeque.Com a onda de notícias falsas e teorias da conspiração, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem realizado campanhas de esclarecimento e reafirmado que o formato e a tecnologia são confiáveis.A pesquisa do Datafolha ouviu 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e estados do país, por telefone, com ligações para aparelhos celulares (usados por 90% da população). A margem de erro é de dois pontos percentuais.Do total de entrevistados, 69% disseram que confiam muito ou um pouco no sistema de urnas informatizadas, que passou a ser adotado gradualmente em 1996. Outros 29% responderam que não confiam.
A matéria publicada pela Folha de S.Paulo revela uma grande discrepância de dados como é possível verificar. Já na pesquisa realizada em agosto de 2018, a situação revelou que 94,3% desconfiam das urna eletrônica. Em 1º de outubro de 2020, mais da metade (54%) dos brasileiros afirmaram não confiar nas urnas eletrônicas. Agora o Datafolha publicou que para 73% dos brasileiros, o sistema de voto em urna eletrônica deve ser mantido no país, conforme matéria da Folha de S.Paulo, então, o que está acontecendo? Por que essas contradições e mudanças radicais de resultados a cada dia que as eleições presidenciais se torna mais próximas? A grande mídia extremista estaria produzindo resultados falsos ou as contradições são apenas obra do acaso?
A verdade é que não há como confiar nas pesquisas que apresentam tendenciosidades. É preciso ficarmos em alerta, buscando garantir a integridade do processo eleitoral, coisa que a urna eletrônica já revelou não ter capacidade de estabelecer.
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