Linha de frente: histórias de agentes de saúde no combate à covid-19
O Caminhos da Reportagem ouviu agentes de saúde que sofreram preconceito nas ruas — Foto/Reprodução.
Linha de frente: histórias de agentes de saúde no combate à covid-19
Agentes de Saúde | Um exército de profissionais de saúde sai de casa todos os dias para combater um inimigo invisível: o novo coronavírus. No campo de batalha, se paramentam como se estivessem chegando em outro planeta, com gorros, capotes e máscaras, macacões, face shield e luvas. Só os olhos ficam visíveis.
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Mas em vez de uma missão intergaláctica, a turma vestida de branco enfrenta salários atrasados e falta de equipamentos de proteção individual, e entra nos hospitais para pisar em um campo minado.
No caso dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, além das grandes dificuldades enfrentadas nas comunidades onde atuam, ainda convivem com uma série de problemas impostas pelo sistema, exatamente como veremos mais adiante.
O Caminhos da Reportagem ouviu agentes de saúde que sofreram preconceito nas ruas por vestir branco, e outros que tiveram parente entubado depois da entrevista. O programa foi ao ar na TV Brasil.
O médico emergencista Laelcio dos Santos (Samu/SP), que atua há mais de 20 anos no resgate de paciente em ambulância, afirma que 95% das ocorrências são casos de covid-19:
No transporte para o hospital esse paciente vai ficando cada vez mais sozinho, e lá nos despedimos de alguém que não terá os familiares por perto também.
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A enfermeira intensivista Jessica Lisla, de Manaus (AM), sente falta de tocar no ombro ou nas mãos dos pacientes.
Agora é só olho no olho. E quando estão sedados e intubados, eu converso no ouvido porque sei que a audição é o único sentido que eles não perdem.
Voltando a questão que envolve os agentes comunitários e de combate às endemias, além de vivenciar todos os riscos dos demais profissionais do seguimento saúde, eles precisamos vencer o grande problema imposto pelo sistema. Tal problema envolve a garantia de direitos fundamentais que tem sido negligenciados por prefeitos e secretários de saúde, nos mais diversos municípios, entre os 5.570 existentes no Brasil. O Piso Nacional, a insalubridade em grau aceitável, compatível com a realidade da categoria, os recursos federais, que são destinados aos profissionais, mas que não chega ao destino. Estas e muitas outras questões integram a realidade da vivência desses agentes.
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