Mundo supera 40 milhões de contágios por coronavírus e Europa adota nova restrições
Mundo supera 40 milhões de contágios por coronavírus e Europa adota nova restrições
Agentes de Saúde | Nos últimos sete dias, 2,5 milhões de casos adicionais foram registrados, o maior número semanal desde o início da pandemia.
O mundo superou 40 milhões de contágios por coronavírus nesta segunda-feira e na Europa, que registra mais de 250 mil mortes e onde a segunda onda de infecções não cede, entraram em vigor novas restrições, que incluem um toque de recolher noturno na Bélgica e a obrigação do uso de máscaras em locais fechados na Suíça.
Em todo o planeta foram contabilizados 40.000.234 contágios desde o início da pandemia, segundo um balanço da AFP atualizado na manhã de segunda-feira. Nos últimos sete dias, 2,5 milhões de casos adicionais foram registrados, o maior número semanal desde o início da pandemia. Mais da metade dos casos foram registrados nos Estados Unidos (8.154.935), na Índia (7.550.273) e no Brasil (5.235.344). A pandemia provocou mais de 1,1 milhão de mortes. Somente na semana passada, a Europa registrou mais de 8 mil óbitos provocados pela Covid-19.
"Não podemos perder tempo"
A partir desta segunda-feira, os cafés e restaurantes da Bélgica permanecerão fechados durante quatro semanas para tentar frear o aumento de contágios. O país, de 11,5 milhões de habitantes, tem 192 mil casos e mais de 10 mil mortes, com uma das maiores taxas de letalidade por Covid-19 do planeta: 90 falecidos para cada 100 mil habitantes.
"Não nos sentimos levados em consideração e sinto uma dor no coração (...) Não aguento mais", disse Angelo Bussi, proprietário de um restaurante em Bruxelas no domingo à noite, quando recebeu os seus últimos clientes. Os fechamentos são acompanhados por um toque de recolher entre meia-noite e 5h.
Na Suíça, até agora relativamente pouco afetada, as infecções aumentaram 146% na semana passada e a máscara será obrigatória a partir de agora em locais públicos fechados, como aeroportos ou estações ferroviárias. Novas restrições serão aplicadas, como a proibição de reuniões públicas de mais de 15 pessoas.
A Itália também anunciou restrições a partir desta segunda-feira em bares e restaurantes, atividades esportivas ou feiras populares, muito frequentes no país. "Não podemos perder tempo", afirmou o primeiro-ministro Guiseppe Conte. O país parecia livre da aceleração da segunda onda de infecções, mas desde o início do mês registra uma alta importante dos contágios.
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Venezuela reabre as praias
Na América Latina, a região do mundo mais afetada pelo coronavírus, com 380 mil mortes, a Bolívia organizou eleições presidenciais com relativa normalidade no domingo, assim como o México, com votações nos estados de Hidalgo (centro) e Coahuila (nordeste). A Venezuela anunciou a reabertura das praias e hotéis, fechados para a população desde março. A partir desta segunda-feira, "no campo dos setores comerciais associados ao turismo (...) vamos flexibilizar pousadas e hotéis, praias e balneários", anunciou o presidente Nicolás Maduro.
Na Austrália, as autoridades começaram a flexibilizar o longo confinamento e permitiram que os cinco milhões de habitantes de Melbourne saíssem de suas casas durante mais de duas horas por dia pela primeira vez desde julho. "Não estou fazendo o que é popular, estou fazendo o que é seguro, porque não queremos voltar a isto de novo", disse Daniel Andrews, primeiro-ministro do estado de Victoria, que inclui Melbourne.
Em Israel, os cidadãos já podem se afastar por mais de um quilômetro de suas casas e os jardins de infância, praias e parques nacionais foram reabertos. O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, um dos palestinos mais conhecidos no exterior por ter participado em várias negociações de paz, está em condição "crítica" depois de contrair o novo coronavírus.
Recuperação da economia chinesa
Na Arábia Saudita as restrições também foram flexibilizadas e os fiéis retornaram ao local mais sagrado do islã, a Grande Mesquita de Meca, pela primeira vez em sete meses. Na frente econômica, o crescimento da China acelerou no terceiro trimestre do ano, quando o PIB do país avançou 4,9%, de acordo com os dados oficiais publicados nesta segunda-feira.
O país asiático é o primeiro a país a recuperar a atividade econômica, graças a um "confinamento estrito, testes de detecção em larga escala e o acompanhamento dos casos de contato", afirmou à AFP o analista Ting Lu, do banco de investimentos Nomura.
Correio do Povo/AFP.
Foto: Médicos examinam paciente em San Francisco (EUA) em 12 de março 2020 - AFP
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