Pesquisadores pedem sinal verde à Anvisa para testar a vacina de Oxford em pessoas com mais de 69 anos
Pesquisadores pedem sinal verde à Anvisa para testar a vacina de Oxford em pessoas com mais de 69 anos
Publicado no Conexão Notícia em 23.ago.2020.
Agentes de Saúde | Voluntários que já receberam a dose possuem mais de 18 anos e trabalham em profissões de alta exposição ao coronavírus.
Os pesquisadores à frente dos testes no Brasil da vacina de Oxford contra o coronavírus solicitaram à Anvisa a permissão para testar o imunizante em pessoas com mais de 69 anos. Até o fim deste ano, a expectativa dos cientistas é de que os resultados comprovem a eficácia do antivírus, assim possibilitando a solicitação do licenciamento e início a produção da vacina, mesmo antes do encerramento dos testes em âmbito global, previsto para junho de 2021.
Dos cinco mil voluntários que deveriam ser recrutados no Brasil, 3.800 já foram vacinados. A previsão é de que, após o sinal verde da Anvisa, as outras 1.200 vagas ainda abertas sejam preenchidas com pessoas com mais de 69 anos, o grupo mais afetado pela Covid-19. As informações são do jornal O Globo.
Todos os voluntários que já receberam a vacina possuem mais de 18 anos e atuam em profissões de alta exposição ao coronavírus. Além de profissionais de saúde, o grupo inclui policiais, guardas de presídios, motoristas de ônibus e de aplicativos, por exemplo.
A vacina é uma das seis no mundo em fase três, a etapa final de testes clínicos, e uma das mais promissoras entre as 231 em desenvolvimento. O acordo com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca prevê a produção no Brasil a cargo do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Já existem mais de 13 mil vacinados em Reino Unido, Brasil e África do Sul. Há diferentes grupos sendo testados, incluindo um de pessoas com comorbidades (doenças preexistentes), aquelas que têm se mostrado as mais vulneráveis à Covid-19.
Em entrevista ao O Globo, a cientista Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena (Itália) e pesquisadora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), disse estar confiante de que a aprovação virá em dezembro. O governo federal já encomendou 100 milhões de doses. Caso a vacina receba a aprovação, deverá ser produzido um lote inicial de 15 milhões de doses.
Os resultados iniciais tiveram uma resposta celular do sistema imunológico a partir do 14° dia após a aplicação da vacina, coisa que nem toda vacina é capaz de promover. Além disso, 28 dias após a aplicação do imunizante, foi identificado o surgimento de anticorpos neutralizantes, aqueles capazes de atacar o coronavírus.
“É importante ter as duas respostas, induzir imunidade celular e de anticorpos. Nem toda vacina induz imunidade celular e ficamos satisfeitos de ver uma forte resposta após 14 dias”, observa a cientista.
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Os testes também mostraram que a vacina é segura e que duas doses produzem uma reação mais robusta das defesas do organismo. Isso fez os cientistas decidirem mudar o protocolo e passarem a prever uma segunda dose. No Brasil, todos os voluntários receberão duas doses. Porém, ainda não se sabe por quanto tempo se manterá a imunidade.
Sue ainda diz que o fato de o vírus ainda circular com força no Brasil abre caminho para ter resultados em dezembro, ainda que os testes continuem até junho de 2021. “O número de casos permanece muito grande e isso quer dizer que temos uma chance maior de provar a eficácia da vacina”, ressalta.
Os pesquisadores à frente dos testes no Brasil da vacina de Oxford contra o coronavírus solicitaram à Anvisa a permissão para testar o imunizante em pessoas com mais de 69 anos. Até o fim deste ano, a expectativa dos cientistas é de que os resultados comprovem a eficácia do antivírus, assim possibilitando a solicitação do licenciamento e início a produção da vacina, mesmo antes do encerramento dos testes em âmbito global, previsto para junho de 2021.
Dos cinco mil voluntários que deveriam ser recrutados no Brasil, 3.800 já foram vacinados. A previsão é de que, após o sinal verde da Anvisa, as outras 1.200 vagas ainda abertas sejam preenchidas com pessoas com mais de 69 anos, o grupo mais afetado pela Covid-19. As informações são do jornal O Globo.
Todos os voluntários que já receberam a vacina possuem mais de 18 anos e atuam em profissões de alta exposição ao coronavírus. Além de profissionais de saúde, o grupo inclui policiais, guardas de presídios, motoristas de ônibus e de aplicativos, por exemplo.
A vacina é uma das seis no mundo em fase três, a etapa final de testes clínicos, e uma das mais promissoras entre as 231 em desenvolvimento. O acordo com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca prevê a produção no Brasil a cargo do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Já existem mais de 13 mil vacinados em Reino Unido, Brasil e África do Sul. Há diferentes grupos sendo testados, incluindo um de pessoas com comorbidades (doenças preexistentes), aquelas que têm se mostrado as mais vulneráveis à Covid-19.
Em entrevista ao O Globo, a cientista Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena (Itália) e pesquisadora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), disse estar confiante de que a aprovação virá em dezembro. O governo federal já encomendou 100 milhões de doses. Caso a vacina receba a aprovação, deverá ser produzido um lote inicial de 15 milhões de doses.
Os resultados iniciais tiveram uma resposta celular do sistema imunológico a partir do 14° dia após a aplicação da vacina, coisa que nem toda vacina é capaz de promover. Além disso, 28 dias após a aplicação do imunizante, foi identificado o surgimento de anticorpos neutralizantes, aqueles capazes de atacar o coronavírus.
“É importante ter as duas respostas, induzir imunidade celular e de anticorpos. Nem toda vacina induz imunidade celular e ficamos satisfeitos de ver uma forte resposta após 14 dias”, observa a cientista.
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Os testes também mostraram que a vacina é segura e que duas doses produzem uma reação mais robusta das defesas do organismo. Isso fez os cientistas decidirem mudar o protocolo e passarem a prever uma segunda dose. No Brasil, todos os voluntários receberão duas doses. Porém, ainda não se sabe por quanto tempo se manterá a imunidade.
Sue ainda diz que o fato de o vírus ainda circular com força no Brasil abre caminho para ter resultados em dezembro, ainda que os testes continuem até junho de 2021. “O número de casos permanece muito grande e isso quer dizer que temos uma chance maior de provar a eficácia da vacina”, ressalta.
Fonte: O Povo
Foto: Governo do Estado de São Paulo / AFP
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