InfoGripe: números continuam muito acima do nível muito alto
Estima-se que já ocorreram 102.213 óbitos de SRAG, podendo variar entre 100.586 e 104.509 até o término da semana 34. — Foto/Reprodução.
InfoGripe: números continuam muito acima do nível muito alto
Publicado no Conexão Notícia em 31.ago.2020.
Agentes de Saúde | O Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 34, o período de 16 a 22 de agosto, indica manutenção do sinal de queda no número de novos casos semanais no país de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), mas com valores semanais muito acima do nível considerado muito alto. Entre os casos positivos de SRAG, 0,6% são de influenza A, 0,3% influenza B, 0,5% vírus sincicial respiratório (VSR) e 97,3% SARS-CoV-2 (Covid-19). Os registros de SRAG por Covid-19 em todas as regiões também se encontram na zona de risco, com ocorrência de casos muito alta. A íntegra do Boletim InfoGripe pode ser acessada no Observatório Covid-19: Informação para ação.
A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-gripe) até 25 de agosto. Já foram reportados este ano 391.057 casos de SRAG. Deste total 207.817 (53,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 114.015 (29,2%) negativos, e cerca 42.950 (11%) aguardam resultado laboratorial.
“Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 427.006 casos de SRAG, podendo variar entre 415.998 e 440.909 até o término da semana 34”, observa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Segundo o estudo, os dados regionais de SRAG mostram que todas as regiões do país encontram-se na zona de risco e com número de casos muito altos. Marcelo Gomes alerta que, embora a maioria das capitais esteja com sinal moderado (acima de 75%) ou alto (acima de 95%) de queda ou estabilidade no longo prazo, o cenário exige cautela.
“Capitais que passaram por longo período de queda e se encontram com tendência de estabilidade requerem atenção especial para evitar uma possível retomada do crescimento, como observado em semanas anteriores para Belém, Macapá, Maceió, Recife, São Luís e Rio de Janeiro”, afirmou o pesquisador.
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A pesquisa mostra que em João Pessoa, Maceió e Palmas a tendência de longo prazo é de crescimento. Em Maceió essa tendência apresenta probabilidade alta, acompanhada de probabilidade moderada de crescimento no curto prazo. Já Aracaju e Natal, embora apresentem tendência de estabilidade no longo prazo, têm sinal moderado de possível crescimento no curto prazo.
Macroregiões
Em 12 das 27 unidades federativas (11 estados e o Distrito Federal) observa-se tendência de curto e longo prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Porém, no Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, há pelo menos uma macrorregião com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (probabilidade maior que 75%) ou forte (probabilidade maior que 95%) de crescimento. No Tocantins e Amapá há sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo em todas as macrorregiões de saúde, sinal também observado no Sergipe para a tendência de curto prazo da sua única macrorregião.
Óbitos
Em nível nacional, os óbitos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de Covid-19, independentemente de presença de febre, encontram-se na zona de risco em todas as regiões do país com ocorrência de casos muito alta. Estima-se que já ocorreram 102.213 óbitos de SRAG, podendo variar entre 100.586 e 104.509 até o término da semana 34.
Regina Castro (Agência Fiocruz de Notícias)
“Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 427.006 casos de SRAG, podendo variar entre 415.998 e 440.909 até o término da semana 34”, observa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Segundo o estudo, os dados regionais de SRAG mostram que todas as regiões do país encontram-se na zona de risco e com número de casos muito altos. Marcelo Gomes alerta que, embora a maioria das capitais esteja com sinal moderado (acima de 75%) ou alto (acima de 95%) de queda ou estabilidade no longo prazo, o cenário exige cautela.
“Capitais que passaram por longo período de queda e se encontram com tendência de estabilidade requerem atenção especial para evitar uma possível retomada do crescimento, como observado em semanas anteriores para Belém, Macapá, Maceió, Recife, São Luís e Rio de Janeiro”, afirmou o pesquisador.
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A pesquisa mostra que em João Pessoa, Maceió e Palmas a tendência de longo prazo é de crescimento. Em Maceió essa tendência apresenta probabilidade alta, acompanhada de probabilidade moderada de crescimento no curto prazo. Já Aracaju e Natal, embora apresentem tendência de estabilidade no longo prazo, têm sinal moderado de possível crescimento no curto prazo.
Macroregiões
Em 12 das 27 unidades federativas (11 estados e o Distrito Federal) observa-se tendência de curto e longo prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Porém, no Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, há pelo menos uma macrorregião com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (probabilidade maior que 75%) ou forte (probabilidade maior que 95%) de crescimento. No Tocantins e Amapá há sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo em todas as macrorregiões de saúde, sinal também observado no Sergipe para a tendência de curto prazo da sua única macrorregião.
Óbitos
Em nível nacional, os óbitos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de Covid-19, independentemente de presença de febre, encontram-se na zona de risco em todas as regiões do país com ocorrência de casos muito alta. Estima-se que já ocorreram 102.213 óbitos de SRAG, podendo variar entre 100.586 e 104.509 até o término da semana 34.
Regina Castro (Agência Fiocruz de Notícias)
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