Folha de S. Paulo: 12.545 agentes de saúde infectado por Covid-19 no Brasil
Agentes comunitários de saúde são os profissionais mais explorados do seguimento saúde. — Fotomontagem/JASB/Conexão Notícia.
Folha de S. Paulo: 12.545 agentes de saúde infectado por Covid-19 no Brasil
Publicado no Conexão Notícia em 30.ago.2020.
Agentes de Saúde | Conforme matéria publicada no Portal da Folha de S. Paulo, no último dia 24/08, a cada minuto, 1 profissional de saúde é infectado por Covid-19 no Brasil. Entre esses profissionais estão os agentes comunitários de saúde que, conforme os dados descritos na reportagem, representam 12.545 agentes. A matéria não apresenta os dados sobre o número dos ACS's mortos, apresenta os óbitos de 87 técnicos e auxiliares de enfermagem, 49 médicos e 36 enfermeiros.
Os Agentes de Combate às Endemias não foram citados na matéria. O motivo é desconhecido. Se fossem contabilizados, sem dúvida alguma, o número de profissionais da saúde contaminados sofreria uma alteração vertical.
Segundo a coordenadora da Comissão da Federalização dos Agentes de Saúde (ACS e ACE) e CPI da Saúde nos Municípios, Cláudia Almeida, o número desses agentes que tombaram na luta contra o coronavírus pode chegar a 200. Isso representa quase o total dos demais profissionais de saúde que foram a óbito nessa guerra pela vida, conforme os dados oficiais publicados pela Folha.
Em conformidade com a matéria, o país registrou a morte de 87 técnicos e auxiliares de enfermagem, 49 médicos e 36 enfermeiros. Não existe dados sobre os óbitos de ACS's ou ACE's. Qual o motivo da ausência desses dados?
O JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil mantém um monitoramento sobre os casos de infecção e óbitos dos ACS/ACE, contudo, está limitado aos dados que lhes são repassados pela categoria. Não registrando a totalidade dos casos, conforme pode ser analisado no Painel de Monitoramento.
Outro drama paralelo ao drama da Covid-19
Segundo Samuel Camêlo, coordenador da rede voluntários da MNAS - Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, organização que atua exclusivamente nas redes sociais há quase 20 anos, o quadro que representa a situação dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias a nível nacional chega a ser absurda em muitos dos sentidos. "Infelizmente essa categorias se tornaram um lucrativa fonte de renda para maus gestores e negociadores de seus direitos. Enquanto os ACS/ACE vivem em situação de extrema precariedade na garantia de seus direitos, milhares de prefeitos inviabilizam que esses profissionais tenham uma vida digna com qualidade. O mais terrível dos absurdos é que, em não poucos os casos, a categoria é negligenciada por quem deveria defender os seus direitos. São pessoas que fazem negociações, barganhas em nome desses agentes e depois vendem ilusões. Argumentar de que "a categoria tem acumulado conquistas, que ela tem avançado muito," não é uma realidade para mais de 222 mil ACS/ACE.
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Temos denunciado milhares de demissões em massa, desvios de recursos destinados aos ACS/ACE, assédio moral e precarização do contrato de trabalho ao longo de 13 anos. Milhares de agentes foram demitidos, substituídos por novos contratos precarizados, quando deveriam ser regulamentados, passando a integrar o quadro de funcionários estatutários. Pergunta-se 'por que temos leis federais e elas não são respeitadas por muitos prefeitos?' A respostar é aterrorizante: a própria lei 11.350/2006, está eivada de erros, inclusive, com tramitação de instrumento de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Situação que a qualquer tempo poderá se tornar uma bomba terrível para grande parte dos mais de 222 ACS/ACE que citamos. Mas, por que as lideranças não tocam nesse assunto? Ora, isso colocaria em risco as ilusões que foram criadas ao longo dos anos, desde 2006," concluiu Samuel Camêlo.
+ Médicos voluntários do Projeto Missão Covid atendem pessoas com suspeita da doença ou com dúvidas sobre o novo coronavírus.
Os Agentes de Combate às Endemias não foram citados na matéria. O motivo é desconhecido. Se fossem contabilizados, sem dúvida alguma, o número de profissionais da saúde contaminados sofreria uma alteração vertical.
Segundo a coordenadora da Comissão da Federalização dos Agentes de Saúde (ACS e ACE) e CPI da Saúde nos Municípios, Cláudia Almeida, o número desses agentes que tombaram na luta contra o coronavírus pode chegar a 200. Isso representa quase o total dos demais profissionais de saúde que foram a óbito nessa guerra pela vida, conforme os dados oficiais publicados pela Folha.
Em conformidade com a matéria, o país registrou a morte de 87 técnicos e auxiliares de enfermagem, 49 médicos e 36 enfermeiros. Não existe dados sobre os óbitos de ACS's ou ACE's. Qual o motivo da ausência desses dados?
Capa da matéria no Portal da Folha de S. Paulo
O JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil mantém um monitoramento sobre os casos de infecção e óbitos dos ACS/ACE, contudo, está limitado aos dados que lhes são repassados pela categoria. Não registrando a totalidade dos casos, conforme pode ser analisado no Painel de Monitoramento.
Outro drama paralelo ao drama da Covid-19
Segundo Samuel Camêlo, coordenador da rede voluntários da MNAS - Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, organização que atua exclusivamente nas redes sociais há quase 20 anos, o quadro que representa a situação dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias a nível nacional chega a ser absurda em muitos dos sentidos. "Infelizmente essa categorias se tornaram um lucrativa fonte de renda para maus gestores e negociadores de seus direitos. Enquanto os ACS/ACE vivem em situação de extrema precariedade na garantia de seus direitos, milhares de prefeitos inviabilizam que esses profissionais tenham uma vida digna com qualidade. O mais terrível dos absurdos é que, em não poucos os casos, a categoria é negligenciada por quem deveria defender os seus direitos. São pessoas que fazem negociações, barganhas em nome desses agentes e depois vendem ilusões. Argumentar de que "a categoria tem acumulado conquistas, que ela tem avançado muito," não é uma realidade para mais de 222 mil ACS/ACE.
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Temos denunciado milhares de demissões em massa, desvios de recursos destinados aos ACS/ACE, assédio moral e precarização do contrato de trabalho ao longo de 13 anos. Milhares de agentes foram demitidos, substituídos por novos contratos precarizados, quando deveriam ser regulamentados, passando a integrar o quadro de funcionários estatutários. Pergunta-se 'por que temos leis federais e elas não são respeitadas por muitos prefeitos?' A respostar é aterrorizante: a própria lei 11.350/2006, está eivada de erros, inclusive, com tramitação de instrumento de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Situação que a qualquer tempo poderá se tornar uma bomba terrível para grande parte dos mais de 222 ACS/ACE que citamos. Mas, por que as lideranças não tocam nesse assunto? Ora, isso colocaria em risco as ilusões que foram criadas ao longo dos anos, desde 2006," concluiu Samuel Camêlo.
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