Médico recuperado do Covid-19 confirma uso de hidroxicloroquina no início do tratamento
Dr. Jorge Herrmann foi recebido com aplausos pela equipe do Hospital Notre Dame São Sebastião quando teve alta, dia 14 de maio Helaine. — Foto/Reprodução/Hospital Notre Dame São Sebastião.
Médico recuperado do Covid-19 confirma uso de hidroxicloroquina no início do tratamento
Coronavírus | Sociedade - Internado no dia 7 de maio e com alta no último dia 14, o médico Jorge Alexandre Herrmann, 56 anos gravou áudio e concedeu entrevistas para a imprensa regional confirmando como ocorreram seus primeiros sintomas e como tratou da Covid-19.
De acordo com seu relato, os sintomas iniciaram à noite, com uma pequena irritação na garganta, de madrugada teve calafrios; no dia seguinte, um episódio de diarreia; no segundo dia, picos de febre e falta de paladar. Nos dois dias seguintes indisposição, sintomas iguais à gripe comum. No quinto dia, fez o teste rápido para detectar Covid-19 e deu negativo. Dois dias depois, retornou para realizar o teste, pois continuava com picos de febre, e pediu o exame PCR (colher material nasofaringe). O hospital fez a coleta do material e retornou para casa. Dois dias depois o resultado veio como positivo para covid-19. Resolveu seguir o tratamento em internação hospitalar, onde permaneceu por uma semana. A tomografia mostrou pequenas lesões periféricas no pulmão.
– Iniciamos o tratamento com o protocolo do Ministério da Saúde: dimetil-pirazolona, clexane, tamiflu, azitromicina e remédio assintomático, como paracetamol. Foram dois dias e a febre não baixava, então pedi que me fosse ministrado o hidroxicloroquina. Em menos de 24 horas, com duas doses, já estava bem melhor. Inclusive, estava fazendo fisioterapia respiratória e não conseguia realizar os exercícios porque tinha acessos de tosse, situação que mudou radicalmente o uso do hidroxicloroquina. Para mim foi determinante o uso deste medicamento, conforme o protocolo usado na Espanha, diferente do Brasil que manda aguardar o estágio grave da infecção para ser ministrado, o que que me parece tarde demais – relata no áudio enviado para o amigo Chicão, a quem autorizou divulgar.
Alertou que os primeiros sinais são leves e a pessoa leva a vida dentro da normalidade, mas o vírus está agindo e se aninhando dentro dos pulmões. Indica o exame PCR, pois o teste rápido pode dar um falso negativo, a tomografia, que mostra as lesões, e uso precoce da hidroxicloroquina.
Veja também:
+ “Deus ouviu nossas orações”, diz pai de bebê curado de Covid-19
+ Auxílio emergencial: partidos na Câmara articulam ampliar prazo e manter R$ 600
+ Covid-19: Globo é acusada de ‘fraude’ em série médica no ‘Jornal Nacional’
+ Modelo Priscila Delgado: Namoro termina em tragédia em SP
+ Recuperada do Covid-19 aos 113 anos, idosa diz que vai viver “até que Deus queira”
+ Rússia: um truque para maquiar os números de casos e mortes
+ Mais de 9 milhões de pedidos de auxílio estão em análise na Caixa
+ Celebridades que hoje trabalham em empregos comuns
+ CORONAVÍRUS: A grave ameaça às atividades dos profissionais de saúde
– Descobriu que está com covid-19, usa logo. Não espera. Ele não vai atuar sobre o vírus, mas na imunidade da pessoa. Na minha concepção, deveria ser mudado o protocolo. Sou radicalmente a favor do uso, porque eu melhorei – afirmei.
Natural de Sertão, Alexandre Herrmann tem 56 anos, reside e trabalha em Espumoso (RS). Foi o primeiro profissional da saúde internar na Unidade Covid, do Hospital Notre Dame São Sebastião, no dia 7 de maio. Também atua em Santo do Jacuí, há 20 anos, e afastou-se do trabalho logo aos primeiros sintomas.
O médico disse que é quase impossível a população inteira não ter contato com esse vírus:
– É uma pandemia, está em todo o mundo. Assim como a H1N1, que está entre nós, que matou muitas pessoas, entre elas jovens e mulheres grávidas, para qual foi criada a vacina e medicamento específico, esse vírus também vai ficar. Se você não entrar em contato hoje ou no próximo mês, será no prazo de um ano, mas a vida não vai parar. Os aparatos, como máscara, álcool gel, evitar aglomerações, tudo isso ajuda retardar o volume de infectados e com menos pessoas doentes ao mesmo tempo, não teremos colapso do sistema de atendimento hospitalar. Este é o objetivo, uma autoimunização da população paulatinamente, até diminuir o número de casos e tudo se normalizar – disse Jorge Alexandre Herrmann em entrevista à Rádio Geração, de Salto do Jacuí.
+ Médicos voluntários do Projeto Missão Covid atendem pessoas com suspeita da doença ou com dúvidas sobre o novo coronavírus.
Faça o seu comentário aqui!