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CORONAVÍRUS: A grave ameaça às atividades dos agentes de saúde (ACS/ACE e outros profissionais)

Os Agentes de Saúde precisam trabalhar com os equipamentos de proteção indispensáveis à segurança. — Foto: Reprodução.  

Pandemia da COVID-19 representa grave ameaça ao trabalho dos Agentes de Saúde (ACS e ACE)
Fonte: Conexão Notícia. —  Publicado no  CN em 24.março.2020.   

Até o fechamento dessa matéria o Brasil registrava 347.398 infectados por Covid-19. Além dos 22.013 casos de óbitos. Os casos recuperados somam 142.587, em acompanhamento: 182.798. São números que expressam o quadro dramático em que  o país está atravessando.  Dados do dia 23/05/2020, até às 20h45.

A situação é potencializada (agravada) em decorrência da politização da pandemia, somado a isto, os crescentes casos de desvios de recursos públicos. Dinheiro que deveria ser destinado ao combate do coronavírus, contudo, tem sido desviado para benefícios particulares. 

O drama dos Profissionais de Saúde
O secretário-substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, em entrevista no Palácio do Planalto sobre covid-19 no Brasil, apresentou dados captados pelo SUS Notifica, sistema criado no início da pandemia para reunir os dados sobre o novo coronavírus no país. 


Segundo o secretário, até o dia 14/05/2020  foram identificados 199.768 profissionais de saúde com suspeita de covid-19. Destes, 31.790 foram confirmados e 114.301 estão em investigação. Outros 53.677, descartados. Entre os casos suspeitos, os mais atingidas são técnicos ou auxiliares de enfermagem (34,2%), enfermeiro (16,9%), médico (13,3%) e recepcionista (4,3%). 

A crise de saúde pública causada pela COVID-19 tem gerado uma grave ameaça com probabilidade de produzir impactos inimagináveis aos país e aos profissionais que estão na linha de frente, entre os quais: médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE), entre outros. 

Quanto aos ACS/ACE, a situação se trona extremamente grave pela falta de condições de trabalho a que as duas categorias são submetidas. Enquanto os demais profissionais do seguimento saúde (supostamente) estão equipados com Equipamento de Proteção Interindividual - EPI's, há uma negligência sem precedente em relação aos agentes. Os agentes e seus familiares  estão totalmente expostos ao coronavírus.



"Na maior comunidade virtual do Brasil. a Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, voltada aos ACS/ACE, todos os dias é compartilhado os mais diversos relatos da categoria de ACS/ACE, sobre a falta de condições de trabalho, inclusive, falta de EPI's. Os secretários de saúde e prefeitos não estão cumprindo com a legislação vigente, que assegura o direito dos trabalhadores aos EPI's, mesmo com os recursos públicos destinados a aquisição desses equipamentos tenham sido encaminhado pelo FNS - Fundo Nacional de Saúde aos municípios. 

Recentemente a rede de voluntários da MNAS - Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde convocou aos sindicatos, associações, comissões representativas, federações e confederações para que se mobilizem para defender os direitos e a saúde dos ACS/ACE, "antes que tivessem surpresas desagradáveis," como comentou Samuel Camêlo - coordenador do Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil e da rede de voluntários da Mobilização.

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Em pesquisa relâmpago, realizada no Grupo da Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, pouco mais de 500 ACS/ACE informaram como a categoria tem sido negligenciada em seus municípios, nos mais diversos estados brasileiros. 


Ionara Barreto 

A Presidente da Associação dos Agentes de Endemias de Camaçari (BA), Ionara Barreto comentou sobre a situação das duas categorias: 

"O grande paradigma é que as atividades dos ACS e ACE são de realizar visitas domiciliares. Então, nós ficamos extremamente vulneráveis à contaminação do COVID - 19, e se estende aos nossos familiares e amigos próximos e não somente isso: o ACS ou ACE contaminado, poderá contaminar diversas famílias dentro de uma localidade, tudo isso agravado pela falta de luvas, máscaras e álcool em gel para que possamos ter o mínimo de proteção".  



Cabe as representações das categorias do seguimento saúde, cobrar dos gestores  que cumpram com suas obrigações, garantindo que os trabalhadores/as tenham condições de trabalho. 
Apoiadas pelos seus associados, as entidades representativas avançarão no fortalecimento de seus representados, mesmo diante desse de elevada complexidade. 






Médicos voluntários do Projeto Missão Covid atendem pessoas com suspeita da doença ou com dúvidas sobre o novo coronavírus. 





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